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ESPERO VOLTAR EM BREVE.
BEIJOS!!!!

domingo, 29 de maio de 2011




Autor: Hilary Duff 
Idioma: Inglês
Editora: Simon & Schuster Children’s Publishing (US) / iD (Brasil)
Data de publicação: 12 de Outubro de 2010 (US)
Páginas: 336
Mais informações: Skoob
Compre: Amazon | Barnes & Noble | Book Depositor




Clea Raymond se sentiu como o centro das atenções a vida toda. Filha de um renomado cirurgião e uma proeminente política de Washington DC, ela cresceu para ser uma talentosa fotojornalista que se refugia numa carreira que a permite viajar para os lugares mais exóticos do mundo. Mas depois que o pai de Clea desapareceu durante uma missão humanitária, suas fotos começaram a ter misteriosas, sombrias imagens de um estranho e lindo homem—um homem que ela nunca viu antes. 

Quando o destino reúne Clea e esse homem, ela está aturdida pela imediata e poderosa conexão que tem com ele. Conforme se tornam mais próximos, eles mergulham mais ainda no mistério por trás do desaparecimento de seu pai, e descobrem a verdade de séculos por trás dessa intensa conexão. Divididos entre um perigoso triângulo amoroso e assombrados por um segredo poderoso que está ligado a seus destinos, juntos eles correm contra o tempo para descobrir seus passados e salvar suas vidas—e seus futuros. 


Um livro da Hilary Duff? 

É isso mesmo, em sua estreia no mundo literário, Hilary Duff mostra que além de cantora, também é uma ótima escritora. Já tinha lido algumas resenhas, o que me deixou ainda mais com vontade de comprar o livro. Achei ele no Book Depository, e quando o livro chegou “devorei” ele no mesmo dia. 

Elixir conta a historia de Clea, uma adolescente que sempre foi o centro das atenções, filha de uma famosa senadora, e de um médico envolvido em causas mundiais. Ela  vive em um mundo totalmente fora da realidade e digno de uma popstar (ai já começam as semelhanças com a própria Hilary Duff). 

Um ano após o desaparecimento de seu pai, Clea sente-se sozinha e intrigada com o que realmente pode ter acontecido com ele, e mesmo tendo sido declarado como morto, ela não perde as esperanças e espera descobrir a verdade sobre o misterioso paradeiro de seu pai. 

Depois de uma viagem de 3 semanas pela Europa com sua melhor amiga, Rayna, ela começa a ficar preocupada com certos acontecimentos fora do normal. Em todas as suas fotos, ela começa observar um homem misterioso, normalmente só sua silhueta ao fundo. Seria ele um Papparazzi? Para piorar, Clea começa a sonhar com o homem da foto, mas ela nunca é ela mesma nos sonhos, ela é ou Delia, ou Anneline, ou Catherine, ou Olivia. Nos sonhos, ela vive diferentes épocas, quatro mulheres muito parecidas com ela, e de algum modo o homem sempre está lá, o mesmo sorriso, o mesmo jeito de conquista-la a cada vez que eles se “encontravam” nos sonhos. 

Clea é uma personagem misteriosa, e mesmo sendo o centro das atenções, tenta fugir das lentes dos Papparazzi. Ela sempre gostou de fotografia, e quando uma revista a contrata para tirar fotos do Carnaval no Rio de Janeiro, Brasil, ela tem a oportunidade que faltava para investigar o desaparecimento de seu pai. 

Junto com seu melhor amigo Ben, uma espécie de guarda costas e ajudante de pesquisas de seu pai, eles vêm para o Rio de Janeiro, mas não fazem ideia de que essa viagem pode revelar segredos do passado que irão mudar suas vidas para sempre. 

Ufa, vou parar por aqui se não vou dar spoilers do livro. 

Os personagens do livro são marcantes, não conseguia imaginar Clea sem a imagem da Hilary Duff. Em alguns momentos sentia como se ela colocasse alguns sentimentos e experiências vividas por ela no livro. Depois de alguns capítulos, ela se vê envolvida em um perigoso triângulo amoroso com seu melhor amigo, Ben, com quem ela sempre compartilhou tudo na vida. Seus sonhos, ambições e segredos, ficam meio desfocados na historia, mas têm suas participações importantes em alguns momentos. Ben sabe de alguns segredos sobre as pesquisas do pai de Clea, e com o tempo revela-se útil por ser um tanto quanto “nerd”, solucionando algumas charadas e se mostrando grande conhecedor de mitologia e de historia antiga. 

A Narrativa é simples, mesmo o livro sendo em inglês, a cada capitulo a historia ficava mais intrigante, e eu não cansava de ler, tanto que li tudo em 1 dia. A diagramação do livro é muito bem feita, a cada capitulo tem uma flor igual a da capa no canto que mostra que a editora se preocupou e fazer uma coisa diferente, espero que a iD mantenha a mesma textura e diagramação do livro por aqui. 

Mesmo sendo um romance sobrenatural, o livro se aproxima muito da realidade. Ele se passa no Rio de Janeiro, e mesmo nunca tendo ido pra lá, conseguia imaginar os ambientes como uma foto, pois estamos cansados de ver fotos e cartões postais mostrando as belezas naturais e pontos turísticos do Rio. O Carnaval também é bastante explorado no livro, e a única coisa que deixou a desejar foi o Sambódromo, que no livro está Sambadrome, mas nada que prejudique o desenvolvimento da historia. A Editora iD deve arrumar esses pequenos errinhos quando terminar de traduzir o livro. 

O final do livro deixa um pouco a desejar. Eu fiquei meio em choque pelo jeito como a Hilary terminou o livro. É como se faltasse um capitulo, um epilogo ou algo do tipo. As atitudes de Clea no final são totalmente contrarias aos desejos que ela mostrou durante o livro. A autora pode ter feito isso de proposito, mas não me agradou muito ela ter escolhido essa forma e meio que “acabado” com o suspense que normalmente vemos em livros que tem continuação. 

Hilary Duff já está trabalhando no segundo volume, “DEVOTED“,que tem previsão para ser lançado dia 11 de outubro nos Estados Unidos. Segundo a iD, eles vão manter a capa original, e o livro tem previsão de lançamento para o mês de Junho no Brasil. 

Recomendo a todos que são fãs da Hilary, e pra aqueles que adoram um Romance Sobrenatural. Se você ainda está pensando “nossa, não vou ler um livro da Hilary Duff” não sabe o que está perdendo.

fonte : Burn book


A Rainha da Fofoca em Nova York - Meg Cabot

Lizzie Nichols está de volta, sapateando nas ruas de Nova York e procurando por um emprego, um lugar pra morar e seu próprio lugar no Universo (não necessariamente nessa mesma ordem). O uso da palavra com M (Morar Juntos) de seu namoradinho Luke fez com que ela alegremente abandonasse os planos de dividir uma kitnet com sua melhor amiga, Shari, em troca de morar junto do amor de sua vida no caríssimo apartamento da mãe dele, na 5º Avenida. Lizzie foi parar em uma festa 0800 na sua área – com um vestido de casamento vintage – e um emprego de recepcionista no escritório de advocacia do pai do namorado de Shari. Então, a vida está boa… por agora. Mas quase que imediatamente, sua notável grande boca vai metê-la em confusão. No trabalho, ela está se tornando muito próxima da socialite Jill Higgins, futura noiva, inflamando a ira da problemática futura sogra de Jill. Em casa, ela cometeu o grandíssimo erro de falar a palavra com C (Casamento) para o averso-a-compromissos Luke. Mais uma vez a falta de emprego e de lugar para morar paira sobre a azarada e fofoqueira Liz – a menos que ela consiga descobrir um jeito de fofocar seu Felizes Para Sempre.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Capitulo 5


Eu esperei que o guardião me prendesse, esperei que ele me algemasse e me levasse de volta para a cela. Que me denunciasse para a rainha por tramar algo e que eu fosse condenada, mas nada disso aconteceu; Eddie apenas me abraçou. Seus braços fortes me aconchegaram como se ele entendesse o quanto eu precisava ser amparada. Eu não resisti. Recostando minha cabeça em seus braços eu deixei que as lágrimas tomassem toda a sua força.
- Me diga o que aconteceu – ele pediu gentilmente, sussurrando em meus ouvidos – talvez eu consiga lhe ajudar.
- Eu não posso.
- Pode. É claro que pode. Apenas fale. Deixe-me ajuda-la.
                Algo naquela voz era estranhamente confortador. Eu queria confiar em Eddie, queria ajuda. Eu só não sabia o que aconteceria quando ele soubesse. Permaneci em silêncio por alguns instantes, então, lentamente, as palavras foram saindo.
- Eu preciso. Eu preciso – Eddie segurou meu rosto entre suas mãos, secando as lágrimas com as costas das mãos – preciso cometer um crime. Eu preciso cometer um crime.
                Mais uma vez, a reação que eu esperava não aconteceu. Eddie soltou um sorriso tímido, como se compreendesse ainda melhor a situação.
- Mais uma missão impossível?
- É por alguém que eu amo – eu disse tentando não engasgar com as lágrimas – vai morrer se eu não fizer.
- O que precisa fazer Sidney? – Eddie me perguntou.
- Libertar Natasha Ozera.
                Eu pude sentir o suspiro profundo pela movimentação do peito de Eddie – ele estava chocado, embora não entendesse muito. Permaneceu em silêncio por alguns instantes e em seguida soltou o ar todo dos pulmões em uma única vez.
- Quem? – Eddie me perguntou
                Agora quem suspirava era eu.
- Meu pai.
                Eddie deslizou o dedo por uma mexa do meu cabelo, acompanhando a espiral.
- Fica por ali – ele apontou para um prédio antigo.
- Como? – eu perguntei sem entender.
- A cela. A cela em que Tasha está fica por ali. Nós a transferimos – ele fez uma pausa e suspirou – tivemos medo que alguém tentasse libertá-la.
                Eu sorri, afastando meu corpo do dele – Eddie havia feito o que era possível para me ajudar. Havia me dado à direção certa e ainda estava no mesmo lugar quando eu comecei a caminhar.
- Obrigado – eu disse mexendo os lábios, sem emitir som, e segui meu caminho.
                O prédio era bem mais antigo e a pintura precisava ser refeita. No interior, havia um corredor largo e cheio de portas – cada uma delas era um cômodo, ou usado como cela, ou usado para algo do tipo. Natasha Ozera estava na ultima sala ao lado do que parecia ser a sala de interrogatório. Tasha estava em pé, o corpo apoiado ás grades, os cabelos presos para trás deixando sua cicatriz exposta. Assim que me viu, ela sorriu.
- Pelo que vejo; Joe não brinca mesmo em serviço! – Tasha pontuou.
- Pelo que vejo; isso aí – eu disse apontando para a cicatriz no rosto dela – não lhe ensinou nada.
- Acha mesmo que sabe por que ganhei esta cicatriz? – ela me perguntou tocando a marca com a ponta do dedo.
- Para ser sincera, eu nem mesmo sei por que eu tenho esta – eu apontei para a marca do lírio em minha face – não faz mais sentido.
- Nada faz querida – Tasha disse sorrindo – nada faz. Agora se quer mesmo ser útil – ela olhou no relógio – o guardião vem vindo e a chave está em bolso.
                Eu me escondi em uma reentrância da parede, era um espaço tão minúsculo, que acho que ele nem cogitou a possibilidade de alguém caber ali. Tirei minha blusa e segurei, controlando a respiração. Assim que ele passou, eu me joguei em cima dele, prendendo a blusa em sua boca e olhos. Eu me mantive presa ás suas costas, tentando o máximo possível fazê-lo se aproximar de Tasha. Assim que teve chance, ela o golpeou. Natasha Ozera era bem forte para uma Moroi e seu soco, bem em cheio no nariz, derrubou o Dhampir por tempo suficiente para que abríssemos a cela.
                A imagem do homem caído no chão, não saia da minha mente, nem a expressão de espanto quando viu quem estava ajudando Tasha. Eu me sentia uma traidora completa. O pior tipo de ser humano do mundo, o tipo que traia quem confiava nele.
                Tasha me puxava por caminhos que eu nem sonhava conhecer – até agora, eu não entendia porque alguém como ela precisava de alguém como eu para ajudar.
                Paramos em frente á uma casa bem grande. Pela decoração e estilo era possível perceber que se tratava de uma família com muito dinheiro. Ela sinalizou para que eu esperasse nos fundos da casa e entrou pela porta, que estava aberta.
                Eu fiquei ali, sem saber se deveria correr ou se deveria entrar, apenas esperando. Era possível ouvir vozes exaltadas lá dentro. Uma briga, provavelmente uma briga; mas eu não conseguia entender a razão, e sinceramente, nem sabia se queria – tudo que eu sabia era que nenhum dos meus amigos morava naquela casa e naquele momento, era o que importava.
                Alguns minutos depois, Tasha saiu puxando uma figura encapuçada. Eu podia ouvir soluços baixos, como ser a pessoa – porque eu não fazia ideia se era um Moroi ou um Dhampir - tentasse abafar o choro.
- Não seja idiota! – Natasha repreendia enquanto corríamos – você sempre soube que este seria o final! Você sempre soube que terminaria assim! Fique feliz por ele não estar em casa!
                Eu não tive coragem de perguntar o que havia acontecido, mas pelo estado em que a figura se deixava arrastar por Tasha, eu imaginava que não fora uma visita de rotina.
                Saímos por uma pequena abertura no muro, quase uma rachadura, á qual a figura, um pouco alta demais para ser uma Dhampir, quase não passou – eu fiquei me perguntando se era um homem ou uma mulher, já que não dava para distinguir por dentro do capuz. Do lado de fora, como se lesse meus pensamentos, Tasha começou a sorrir.
- E é agora Sidney, que você vai entender porque eu precisava de você.
                Ela se aproximou da van, abriu as portas traseiras com um único puxão, fazendo com que Joseph se encolhesse espantado e soltasse um grunhido gutural. Natasha sorriu, mostrando suas presas brancas de forma maligna.
- Você não achou mesmo que eu iria ficar com você, não é Joe? – o Strigoi parecia não entender – olhe para você – ela disse apontando para ele – um velho babão! Eu tenho coisas muito mais interessantes para fazer com meu tempo livre. Eu só precisava que você me trouxesse a alquimista, sabe, seria difícil me livrar de tudo isso sem ajuda e, além disso, eu precisava de alguém para culpar.
                Nesse momento, um Moroi passou pela mesma fresta no muro. Pelas roupas que usava eu podia perceber que não era da realeza. Suas mãos estavam sujas de terra e ele parecia não entender o que estava acontecendo. Eu busquei seus olhos em desespero.
- Ajude-me – eu mexi os lábios sem emitir som algum.
                Eu tinha esperanças de que o homem pudesse pegar Tasha de surpresa e golpeá-la, ou sei lá o que; mas para meu completo desespero, ela foi mais rápida.
- Oh que ótimo, um amigo! Sabe que precisávamos mesmo de um motorista? Afinal eu sou tia do futuro marido da rainha, não posso me expor.
                Tasha sacou uma pistola e apontou para mim. O homem recuou, erguendo os braços.
- Sabe, há certa aspirante minha na corte, até um pouco parecida com nossa pequena alquimista, que adoraria viver o suficiente para por em prática tudo que aprendeu comigo. Seria mesmo uma pena se ela não conseguisse. Não acha? – Tasha perguntou para afigura encapuçada.
                Nenhum de nós disse nada, mas eu percebi o desespero nos olhos do homem – quem quer que fosse a garota, tinha sua devoção.
                O Moroi acompanhou Tasha sem nenhuma resistência, eu olhava para ele e enxergava á mim mesma, fazendo algo por alguém que eu amava.
                O Strigoi estava ali, parado, entendo tanto quanto todos nós; até que Tasha se voltou para a van novamente.
                Natasha soltou uma gargalhada que eriçou os pelos do meu braço e soltou uma pequena fagulha de fogo na camisa de Joseph. O desespero o fez se mover e sua pele foi atingida pelos fracos raios de luz do inverno, mesmo assim, o Strigoi se contorcia e gritava e eu fiquei ali, sem entender nada e sem saber o que fazer. Minhas opções eram: tentar salvá-lo e provavelmente ser morta por ele, ou deixa-lo morrer e levar toda a culpa. Sem conseguir decidir o que era pior, acabei escolhendo a última.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Capitulo 13

No frio da sibéria


            Lissa entrou ansiosa em meu quarto.
-           Rose, Rose! Vamos!
-           Calma Liss, o avião não vai decolar sem a gente!
-           Não acredito que não está ansiosa!
            Mal sabia ela!
-           Calma Liss, Okay? Eu vou escovar os dentes e vestir alguma coisa.
Escovei meus dentes e penteei meu cabelo. Vesti uma calça jeans e um suéter preto de gola alta, com um casaco longo de cashemire e botas.
            Um empregado de Adrian levou nossas malas para o avião.
            Quando chegamos á pista, Adrian, e Christian conversavam com Stan e Scarface. Eu me aproximei e saudei á todos com a cabeça, Lissa, ficou ao meu lado.
            Subi no avião primeiro. Lissa subiu em seguida. Quando colocou o último pé no degrau, o salto da bota escorregou e Scar a segurou pela cintura.
-           Tenha cuidado princesa, poderia ter se machucado – ele disse com a voz suave.
      Lissa sorriu ternamente para ele.
-           Qual é o seu nome guardião?
-           John – Scarface respondeu.
John? Então ele tinha mesmo um nome normal. Nada do tipo “psicopata”! Só mesmo Lissa para se preocupar em chamá-lo pelo nome. Claro que ela era muito mais sensível do que qualquer um de nós, então, ninguém se surpreendeu. Scar – ou John, se você preferir – pareceu gostar também. Ele sorriu para Lissa tão docemente, que seu rosto nem parecia mais tão assustador.
            Durante a viagem, eu tentei descasar o máximo que pude, uma vez que os sonhos haviam me esgotado – não que eu estivesse reclamando!
             Desembarcamos durante o dia seguinte, em Novosibirsk. O frio era intenso e havia neve por todos os lados. Em razão disso, nem foi necessário proteger os moroi do dia, uma vez que quase não havia luz.
            Entramos em um carro com choffer, que nos conduziu á um hotel suntuoso no centro da cidade. Adrian já havia feito as reservas e, por incrível que pareça, ele realmente havia separado um quarto ao lado do meu.
            Lissa e eu ficamos no mesmo quarto, embora cada uma tivesse o seu – coisas de Adrian.
            Depois de desfazer as malas, eu resolvi que queria um banho, enquanto Lissa resolveu que queria Christian.
            Tirei a roupa agradecendo o sistema de aquecimento e deixei o anel que Lissa havia me dado junto com meu relógio, na pia.
            Enchi a banheira e me afundei nela, até que meus dedos enrugaram.
            O sono não demorou em chegar naquela noite, e provavelmente por causa do cansaço, eu não sonhei também.
            Fui despertada por uma batida na porta. Stan, claro! Quem mais me acordaria tão cedo?
-            Precisamos preparar a ação, Hathaway.
-           Tão cedo?
-           Achei que está não fosse uma viagem de férias – Stan disse, enquanto sentava em uma poltrona perto da escrivaninha.
-           Okay, okay! Você venceu!
            Eu me levantei e sentei ao lado dele.
Decidimos que não perderíamos tempo, uma vez que as chances de que Victor pudesse tirar Ivan do local eram grandes.
            Me despedi de Lissa e peguei um copo grande de café e duas rosquinhas antes de entrar no carro. Stan e Scar foram no banco da frente – porque isto não me surpreendia?
            As estradas estavam escuras e escorregadias, por causa da neve. Mal se podia enxergar dois metros á frente.
            Em um ponto da estrada, bem próximo do nosso destino, Stan parou bruscamente o carro.
-           O que foi? – eu perguntei ajeitando a tampa do meu copo de café.
-            Estamos sendo seguidos.
Meu alerta de strigoi ligou, procurando alguma pista. Nada! Menos mal!
-           Stan e Scar desceram e eu os segui. Scar parou na frente do lexus e jogou as mãos sobre o capô. A porta do motorista abriu. Eu não me surpreendi quando Adrian desceu.    
            Scar o agarrou pela gola do casaco e o puxou para o lado.
-           Ficou louco garoto? Seguindo guardiões assim? Poderia ter acabado morto! - ele esbravejou.
             Stan caminhou calmamente até os dois e soltou a mão de Scar do casaco de Adrian.
-           Além disso - ele falou com a voz suave, embora ameaçadora - você sabe muito bem que a Sibéria está cheia de strigoi, Adrian.
            Adrian ajeitou o casaco e deslizou a mão pelo cabelo, no mesmo instante Lissa saiu em sua defesa, me congelando até os ossos.
-           Nós não poderíamos ficar no hotel esperando! E se acontecesse algo com vocês?
            Eu tive que me manifestar:
-           E se acontecer algo com vocês? - eu perguntei a ela, indicando Adrian e Christian com a cabeça.
-           Somos bem grandinhos Rose, e podemos ajudar!
-           Vasilisa Dragomir, pelo amor de Deus! Será que algum dia você vai aprender a me ouvir?
            Ela me abraçou.
-           Eu estava preocupada com você Rose. Me desculpe!
-           Desculpas não vão ajudar em nada! - a voz de Scar se fez ouvir.
            Ele entrou no carro com Adrian e Christian e Lissa foi comigo e Stan.
-           Lissa, você não deveria ter vindo - eu continuei quando já estávamos no carro.
-           Rose tem razão, Lissa – Stan me ajudou – não conhecemos bem o local e esta região é muito perigosa.
            Lissa suspirou. O que indicava que ela não ia discutir. Mesmo porque, seria uma discussão inútil, uma vez que ela estava ali mesmo e não dava para voltar atrás. O jeito era rezar para que tudo desse certo.
            Estacionamos bem longe da estrada principal, em frente a um casebre abandonado. Stan conferiu as coordenadas, usando uma bússola.
-           É aqui!
            Eu senti um friozinho na espinha.
-           Vamos - eu puxei Lissa para fora do carro.
            O ar estava congelando meu nariz e quase não dava para ver nada. O vento espalhava flocos de neve para todo lado – quem disse que neve era divertida nunca esteve no inverno da Sibéria!
            Assim que começamos a caminhar, meu estômago revirou - alerta número 1.
            Deixei todos os meus sentidos em estado de emergência, enquanto Stan abria porta do casebre. Lá dentro,  tudo estava absolutamente escuro. Muita poeira e algumas teias de aranhas - alerta número 2.
            Instintivamente, coloquei Lissa atrás de mim. No mesmo instante, Mason começou a se materializar em minha frente. Eu arregalei os olhos - Mason não costumava aparecer assim, o significava problemas à vista - alerta número 3.
            O que foi Mase? - eu pensei, confiando desesperadamente que ele pudesse ouvir.
            Mason não teve tempo de responder. A porta se fechou, deixando-nos presos dentro do cômodo. Outra porta se abriu, revelando três formas escuras. Um vulto escuro, flanqueado por dois outros. Meu coração gelou - três strigoi. Stan virou-se para mim no mesmo instante.
            Estávamos cercados de todos os lados. E não havia nada que pudéssemos fazer. Os dois strigoi menores bloquearam a saída, enquanto o maior caminhou até mais perto.
            Stan deu um passo atrás do outro, até parar ao lado de Lissa. Quando ele enfiou a mão no bolso para pegar a estaca, o strigoi sorriu.
-           Quer mesmo fazer isso, guardião? – ele rosnou – pensei que quisesse manter vivas as duas mocinhas.
            Stan congelou.
-           O que você quer?
            Ele não respondeu. Aproximou-se mais e Mason tocou meu ombro, como se quisesse me proteger. Eu apertei o braço de Lissa.
            O strigoi parecia jovem. Algo, em torno dos trinta anos. Sua pele era pálida em comparação aos cabelos castanhos despenteados. Ele olhou bem em meus olhos.
-           E você deve ser Rose.
            Eu engoli em seco.
-           Onde está Ivan? Você o matou? – eu estava apavorada. Se ficasse quieta, ele perceberia.
            O strigoi sorriu maliciosamente, deslizando a ponta do dedo em meus cabelos.
-           Não Rose, eu não matei. Ivan está em um lugar seguro, ele será útil ainda, assim como você.
            O strigoi deslizou a mão fria por toda a pele do meu rosto. Seu toque era suave e quase gentil, o que me assustava ainda mais. Eu estava absolutamente estática, sem conseguir nem mesmo pensar direito. Tudo que eu pensava era em Lissa. Lissa! Lissa! Lissa!Ela estava lá, com três strigois. O último Dragomir! Comecei a me lembrar dos nomes escritos naquela parede, quando Mason morreu. A lembrança gelou minha espinha.
            O outro strigoi, um pouco mais baixo aproximou-se. Stan continuava imóvel, com o olhar parado no rosto do líder, a mão ainda estava no bolso, segurando a estaca.
-           Ian, precisamos nos apressar, alguém poderá vir ajudá-los. Não podemos correr mais riscos – o strigoi mais baixo, do cabelo claro falou.
            Ian continuou olhando em meus olhos e tocando meu rosto. Sua expressão era ilegível.
-           Vamos dar um passeio, Rose? – ele me perguntou sedutoramente.
-           Eu tenho opção? – eu reclamei.
            Ian deixou a mão cair ao lado do corpo e virou-se para a porta,
-           Ela não é adorável? Vejo porque ele a quer tanto!
                Algo em minha mente me dizia que o “ele” em questão não seria agradável.
-           Sempre temos opções, Rose – Ian continuou – o problema é quanto elas podem nos custar. Como estou me sentindo gentil hoje, vou te dar direito a uma escolha.
            Ele fez um sinal com a mão e outros três strigois entraram, trazendo Adrian, Christian e Scar amarrados.
-           Você pode escolher qual dos três vai servir de lanche para mim – ele sorriu, olhando cada um dos três – então, eu a deixo ir.
            Ian caminhou até mim novamente.
-           O que vai ser Rose? Será que seu senso de justiça é tão grande assim? Vai se entregar a mim para deixá-los vivos?
-           O que quer com ela?
            As palavras de Stan soaram mais como um grunhido do que como palavras. Seus dentes estavam tão cerrados que eu tive medo de que ele fraturasse o maxilar.
-           Não se preocupe guardião – Ian respondeu – não pretendo fazer mal a garota.
            Ele soltou uma gargalhada.
-           Prometo uma morde rápida e honrada, depois é claro, de ela me dar o que eu quero.
            Eu engoli em seco. Uma parte de mim queria perguntar o que ele queria. Outra parte de mim tinha tanto medo da verdade, que preferia a mentira.
            Dimitri! O nome veio em minha mente meio sem querer. Pensei em como Dimitri era forte e poderoso, e em como ele costumava me proteger. Meu Dimitri! Meu Dimitri!
Deixei os pensamentos de lado e respirei fundo.
-           Eu vou – as palavras saíram tão baixas que mais parecia um sussurro – se você permitir que todos partam em segurança.
            Ian sorriu.
-           Perfeito Rose! Era justamente o que eu esperava de você!
            Ele passou o braço em volta de mim e me conduziu para fora do casebre, enquanto Lissa gritava e chorava. Eu podia sentir o desespero dela através da nossa ligação, o que só me deixava pior.
Meus amigos foram conduzidos até os carros em meio a protestos e tentativas de fuga. Scar estava desacordado. Ele havia ganhado um soco tão forte que Stan o estava carregando. Christian ajudava Lissa, enquanto Adrian olhava para mim. Através da janela do esportivo preto, eu podia ver os olhos de Adrian me encarando como se fosse a última vez. Talvez fosse mesmo. Talvez tudo acabasse assim – presa por um strigoi! Se eu pudesse ter escolhido, queria que fosse Dimitri. Dimitri! Mais uma vez ele estava em meus pensamentos.

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