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terça-feira, 19 de abril de 2011

Capitulo 3


Eu não tive chance de me virar voluntariamente, os dedos se cravaram em minha carne, girando meu corpo dolorosamente. Eu enxergava a figura, mas sentia como se meus olhos estivessem pregando uma peça em mim. O homem que estava em minha frente, ou melhor, o monstro, era Joseph, o melhor amigo do meu pai. Joseph era o responsável pela agência, o “papa” dos alquimistas. Agora, tudo que eu conseguia era ver seus olhos encobertos pelos arcos vermelhos dos olhos de Strigoi. Eu engoli em seco.
- Jo... Jo... Joseph – eu gaguejei.
                O monstro sorriu sem nenhum humor.
- Não gosta da mudança em mim, Sid querida?
                Ninguém me chamava de “Sid” desde a morte de Danniel, ninguém exceto Izabel, e Joseph sabia exatamente disso. Engoli em seco.
- Sidney! Eu me chamo Sidney!
                 O monstro segurou meu queixo entre suas mãos, seu hálito cheirava a sangue fresco.
- Corajosa como sempre! Por isso Sidney, por isso eu sabia que tinha que ser você – ele andava em volta de mim com tanta suavidade que parecia flutuar – pelo que andei sabendo, você gosta muito de Strigoi. Você até ajudou um!
                Engoli em seco novamente.
- Dimitri não é um Strigoi – eu disse tentando parecer enfática e soando mais como apavorada.
- Sabia que você sempre foi minha preferida? – ele perguntou ignorando minha provocação – agora, você terá a oportunidade de retribuir todo o meu esforço em tornar as coisas entre você e o papai, digamos, suportáveis. Sabe, seu pai tinha planos para Danniel – o nome atacou meus ouvidos mais forte que uma faca. Falar de Danny sempre me fazia sofrer – Não foi muito honrado de sua parte deixa-lo morrer daquele jeito.
                Eu podia sentir as lagrimas descendo cada vez mais rápido, ensopando a gola da minha blusa – Joseph havia ido com meu pai, resgatar Danny e eu e era o único que havia visto a cena tão de perto quanto eu. Ele conhecia todos os meus fantasmas e podia usá-los o quanto quisesse.
                Joseph jogou um molho de chaves em minha mão e eu as segurei por impulso.
- Levante-se menina, e nem tente me contrariar, tenho assuntos na corte e preciso que faça algo.
                Fechei meus olhos e pensei em Danny – meu irmão era forte e corajoso, e tinha o sorriso mais quente do mundo. Ele nunca se renderia sem lutar.
- Não vou á lugar algum! – eu disse, buscando forças nas memórias de meu irmão.
                O Strigoi grunhiu como uma fera enjaulada. Seus dedos estavam curvos como garras e seus olhos eram completamente vermelhos. Ele segurou meu queixo com uma mão só e me levantou até que meus pés não tocassem mais o chão.
- Eu posso quebrar seu pescoço de uma única vez.
- Faça isso – eu grunhi entredentes – eu não me importo.
                O monstro riu mais alto desta vez.
- A própria mártir! Sabe que você ganharia uma medalha por isso? Eu mesmo lhe daria uma – ele me encarou tão de perto que eu pude ver que ainda havia sangue em suas presas – o fato é que não se trata só de você princesinha! Amanhã, certo diretor irá ao escritório, sozinho – eu senti os pelos dos meus braços se eriçarem por completo – e eu estarei lá, esperando. Estarei esperando o papai e terei prazer em fazê-lo sofrer coisas que você nunca imaginou, nem em seus piores pesadelos.
                Um bolo amargo se formava em minha boca e eu sentia algo quente escorrer pela minha pele – as unhas do Strigoi estavam cravadas em minha carne e o sangue escorria, mas a dor que eu sentia não vinha dali. Era o mesmo tipo de dor que eu senti ao segurar o corpo de Danny em meus braços. Era impotência. A impotência doía diante do fato de que ou eu o ajudava, ou meu pai sairia daquele escritório em um saco plástico amanhã.
- O que quer que eu faça? – eu disse tentando não engasgar.
- Boa menina – disse Joseph sorrindo – boa menina! Tenho certeza de que o papai ficará orgulhoso – ele fez uma pausa e depois continuou – ah não, tem razão, o filho que lhe dava orgulho era Danniel. O finado Danniel.
                Eu não respondi, embora muitas coisas viessem á minha mente naquele momento. Joseph me colocou no chão e segurou meu braço, puxando-me pelo canteiro.
- Entre na van e dirija até a corte. Quando chegarmos lá, eu a instruirei.

1 comentários:

Nossa não sei nem o que pensar
como vai ser agora o que ira acontecer?

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