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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Capitulo 7

Encontros e Desencontros



Stan parou o carro e nós descemos. Quando olhei o lugar, eu não pude deixar de admirar.
-           Wow!
            Lissa sorriu - certamente havia sido escolha dela. Ás vezes eu ficava admirada em como Adrian e ela tinham coisas em comum.
            Ela me abraçou.
-           Eu sabia que você gostaria!
            Olhei para mim mesma, e pela primeira vez, fiquei feliz que Lissa tivesse escolhido minhas roupas - o lugar era realmente chique.
            Adrian colocou o braço em volta de mim e nos conduziu até o interior.
Conclui que o lugar deveria ser famoso, quando percebi o tamanho da fila de entrada – certamente demoraria muito tempo para todas aquelas pessoas entrarem.  
 Obviamente, nenhum de nós ficou na fila. Mesmo sendo um lugar humano, o dinheiro da família Ivashkov era dinheiro em qualquer lugar.
            Uma vez dentro, o lugar me impressionou ainda mais. As paredes eram claras e emitiam uma fraca luz amarelada, como se esquentassem o lugar. Cortinas pesadas cobriam algumas janelas e candelabros de cristal pendiam do teto - cena totalmente de cinema. Eu tive que me concentrar para não ficar com aquela cara de quem nunca tinha entrado em um lugar chique na vida.
            Adrian sorria, ainda com a mão sobre meu ombro.
-           Gosta? - ele me perguntou.
-           É claro, é maravilhoso Adrian - e aí eu emendei - não precisava ter se preocupado.
            Ele virou-se e segurou meu queixo entre suas mãos. Eu sorri. Adrian se aproximou mais e me beijou. Um beijo discreto, apenas tocando os lábios nos meus.
-           Ah Litlle Dhampir, quando você vai entender que não é esforço nenhum agradá-la?
            Eu não respondi - O que eu ia dizer? Ele entendeu o silêncio, porque não comentou nada também.
            Andei um pouco pelo lugar, ou melhor, Lissa me arrastou um pouco pelo lugar. Ela me disse que era meu aniversário e que eu devia aproveitar muito - pena que minha idéia de aproveitar, definitivamente, não era desfilar de salto agulha por uma boite lotada! Mesmo assim, eu fui - sou ou não sou uma boa amiga?
            Depois de andar e andar e andar, Lissa finalmente parou no meio da pista - ela queria dançar. Ou era isso, ou - o mais provável - ela queria que Christian a visse dançando. Eu não queria estragar a alegria dela e também não queria estragar a minha, então decidi que era hora de uma dose de vodka, dupla.
            Deixei Lissa no meio da pista e me afastei. Enquanto andava pelo meio das pessoas, percebi Stan. Ele estava parado junto a uma parede, com os braços cruzados, em sua melhor pose de guardião.
-           Divertindo-se, guardião Alto? – eu o provoquei.
            Stan sorriu, sem desviar os olhos de onde estavam os moroi.
-           Tanto quanto você, guardião Hathaway.
            Eu fiz uma careta e me afastei - bom ou não, a verdade é que Stan tinha razão: quanto mais o tempo passava, mais parecida com ele eu estava ficando!
            Depois desta terrível constatação, eu precisava ainda mais de vodka. Muita vodka!
-           Uma vodka - eu pedi ao barman - dupla!
            Ele me olhou com cara de quem não achava que eu aguentaria, mas mesmo assim me serviu. Eu virei o copo de uma só vez.
-           Outra!
            Ele revirou os olhos, mas encheu meu copo novamente.
            Quando coloquei o copo no balcão e me virei para a pista novamente, o caminho parecia mais tortuoso que o normal. Respirei fundo, segurei o salto no pé e caminhei, abrindo espaço pela multidão - algo me dizia que dançar já não era tão difícil!
            Entrei dançando bem no meio de Lissa e Mia. A pista era escura e as luzes piscavam tanto que eu mal podia reconhecer quem estava ao meu lado. Fechei os olhos, levantei os braços e comecei a me movimentar, no ritmo da música. Sabe aquela sensação estranha de quando alguém está olhando pra você? Pois bem, eu estava sentindo. Era forte e intensa, como se alguém estivesse olhando fixamente para mim. Eu não abri meus olhos, só continuei. Dançando e dançando e sentindo aquele olhar em mim.
Não era Adrian, não era nenhum deles, era forte e intenso e carregado demais para ser qualquer um deles, e eu queria aquele olhar. Mesmo sem saber de quem, eu sentia em minha pele que queria.
            Quando a música terminou e outra um pouco mais suave e sensual começou, eu abri meus olhos, procurando meu observador. Um arrepio estranho me fez olhar para o lado, nas sombras. Alguém estava lá. Eu não conseguia vê-lo, mas sabia onde estava. Uma sombra grande, encostada á parede. Eu sorri. Efeito da vodka, ou não, a verdade é que eu queria continuar o jogo. Tirei minha jaqueta e joguei no colo de Adrian, ainda olhando a figura das sombras.
    Minhas mãos percorriam meu corpo, enquanto eu me movia ao som da música. Sussurros e luzes piscando e fumaça. Tudo era tão intenso, tão sensual, eu podia sentir. Eu queria vê-lo, queria saber quem era.
            Num impulso, abri caminho na multidão, lutando para manter um pé depois do outro, entre uma piscada de luz e uma rajada de fumaça. A figura me observou o tempo todo. Ele estava ao fundo, escondido nas sombras, quase atrás de uma parede. Eu fui até lá.
            Quando cheguei ao canto escuro, estava vazio. Eu suspirei, levantando meus olhos do chão. Idiota! A palavra saiu da minha mente, como se fosse dita por outra pessoa. Realmente, era idiotice mesmo, ficar triste porque não encontrei alguém que eu nem conhecia? Ou pior, alguém que nem existia! Sim, porque, depois de tanta vodka, quem garante que não era fruto da minha imaginação? Revirei meus olhos, virando-me de volta para a pista. Quando levantei a cabeça, me deparei com uma parede de couro negro.
-           Procurando por mim?
            Eu gelei - Dimitri.
            Pisquei e pisquei e esfreguei meus olhos com as mãos - eu não podia acreditar no que estava vendo. Um segundo depois, uma mão fria tocou a pele das minhas costas, deslizando suavemente até a minha cintura e terminando na curva do meu quadril. Ele me puxou para si, olhando diretamente em meus olhos. Aqueles círculos carmesins me queimavam como se fossem tochas. Dimitri aproximou a boca da minha orelha e sussurrou.
-           Sentiu saudades?
            Aquela aproximação mexeu com todos os meus músculos. Uma coisa é sonhar com alguém, por mais real que possa ser. Outra bem diferente é sentir alguém. Sentir o corpo de alguém junto ao seu, mesmo frio, era o corpo dele, e o meu reconhecia. 
            Dimitri escorregou os lábios em meu pescoço, arranhando suavemente minha pele com a ponta das presas. Eu gemi.
-           Você gosta.
            Não foi uma pergunta, mas mesmo assim, eu precisava responder.
-           Não! – Embora eu tenha me esforçado para ser enfática, o som saiu mais como um sussurro.
            Ele aumentou um pouco o toque, passando a língua na linha da minha jugular. Eu gemi mais e, se Dimitri não me sustentasse com a mão, eu teria caído porque minhas pernas estavam tremendo.
-           Gosta sim, eu sinto. Sinto seu sangue jorrando mais rápido, pedindo para que eu o tome.
            Ele aspirou o ar em volta do meu pescoço e o soltou em um gemido de prazer.
-           E eu o quero Roza, eu quero sentir seu gosto em minha boca novamente. Quero sentir seu corpo novamente. Eu a quero.
-           Veio me matar?
            Dimitri riu. Sua risada fazendo cócegas em minha pele.
-           Não hoje.
-           O que veio fazer aqui então?
            Ele me sujeitou mais forte em seus braços. Cada centímetro do meu corpo colado ao seu. Eu podia sentir seu desejo crescendo, podia sentir seu corpo respondendo enquanto suas mãos deslizavam em minhas costas nuas.
-           Hoje, eu vim matar meus desejos.
            O simples som da palavra "desejo" saindo da boca dele me tirou do chão. Eu o queria, eu o queria como nunca. Strigoi ou não, tudo que eu queria era meu Dimitri, o homem que eu amava. Meu pescoço tombou para traz, como se pedisse que ele fizesse. Dimitri aproximou a boca da minha jugular, um sorriso malicioso em seus lábios.
-           Eu sempre soube que não poderia resistir.
            Ele sempre soube? Ele sempre soube? Como, se nem eu mesma sabia? De repente, a razão voltou.
-           Não! - eu gritei empurrando ele - eu não vou deixar você me morder!
            Corri e corri o mais rápido que meu estado permitiu. Quando trombei com Stan, eu fiquei mais tranquila.
-           Hey, cuidado! Até parece que viu fantasma!
-           Quase!
            Stan sorriu. Provavelmente porque não entendeu o que eu disse. Eu também não iria dizer o que tinha acontecido, principalmente porque eu teria que contar também a parte de que quem foi a trás dele fui eu. Lissa se aproximou.
-           O que houve Rose? Você está branca feito papel!
            Eu pisquei de novo, tentando encontrar foco em minha visão.
-           Er... Nada! Está tudo bem. Só preciso de um pouco de ar. Acho que vou sair um pouco. Sei lá, só respirar.
-           Quer que eu vá com você?
-           Não! - tentando consertar o ataque de pânico, eu completei - Liss divirta-se, eu só vou tomar um pouco de ar.
-           Quer que eu te acompanhe? - perguntou Stan.
-           Não gente, tudo bem mesmo. Só preciso de um pouco de ar.
            Stan baixou os olhos na altura dos meus.
-           Tem certeza de que está bem Hathaway?
-           Sim! - eu respondi tentando ser o mais normal possível.
-           Tenha cuidado!
-           Eu tenho - eu menti - sempre!
            O ar fora da boite estava gelado. Esfreguei a mão nos ombros, friccionando para esquentá-los - eu devia ter trazido meu casaco. 
            Caminhei um pouco, de um lado para o outro, tentando assimilar o acontecido e organizar meus pensamentos. Strigoi, strigoi! Ele é um strigoi. Você odeia strigoi. Você mata strigoi. Dimitri é um strigoi. Dimitri. Por mais que eu quisesse me concentrar no que ele era, eu só conseguia me lembrar do que ele foi. De tudo que ele foi. De como era quando estávamos juntos. De como foram maravilhosos os meses que passamos treinando. Decomo eu gostava de correr com ele. De como ele cuidava de mim. De como seu corpo se encaixava ao meu. De como se lábios trabalhavam bem sobre os meus. Dimitri. Por mais que o tempo passasse, tudo que u queria era que ele voltasse para trás. Que o tempo voltasse e trouxesse com ele o guardião que eu amava. Meu guardião, o grande guardião Belikov. Como quem eu havia aprendido tudo, tudo mesmo. E com quem eu ainda queria aprender, muito mais.
Vê-lo novamente, era como ver um fantasma – aliás, ultimamente, fantasmas eram melhores do que ele! Dimitri. Minha mente se recusava a pensar em outra coisa. Seu toque, seu corpo, seu cheiro. Seu cheiro envolvente e delicioso, seu cheiro. Meu, meu Dimitri, meu. Sem querer, eu aspirei o ar novamente, enchendo os pulmões. Dimitri.
 Não era mais fruto da minha mente. O cheiro estava ali, realmente, preenchendo meu corpo.
-    Fugindo de mim, Roza? Acha que pode? Acha que consegue fugir?

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