Jantar
Louise
Louise
Acordei com uma mulher loira elegante me sacudindo e murmurando um: “vamos meu amor, levante”. Agora me diz: para quê moroi minha mãe tinha que me acordar às nove horas da manhã?!
- Hã... Deixa-me dormir mais um pouquinho. Tá cedo – murmurei e a rainha Lissa Dragomir riu.
- Ah, então isso quer dizer que você não vai querer comprar seu vestido com a Lyn para o jantar de hoje? – Ai minha Morgana! Como eu pude me esquecer do jantar? O jantar em que Tonny Ivashckov estará lindo e perfeito... Suspiro.
Levantei da cama em um pulo e um pouco afobada beijei o rosto da minha mãe e corri para o banheiro. De dentro da banheira ouvi sua risada e a porta do meu quarto se fechando. Bom, vamos para as explicações: meu nome é Samatha Louise e eu sou a princesa Dragomir Ozera. Minha melhor amiga se chama Rozalyn Hathaway, sua mãe também é muito conhecida por todos os seus feitos, tanto para os Dhampir como para os Moroi. Não que a Lyn se sinta muito atraída por toda essa fama da mãe, na verdade elas não se dão muito bem. Eu e a Roza temos uma ligação como nossas mães, mesmo que a minha amiga não seja uma shadow-kissed. A nossa ligação também é um pouco diferente, porque não só a Lyn pode saber o que estou sentindo e entrar na minha mente como eu posso fazer o mesmo com ela. Não são todos que sabem sobre isso, nossa família é um tanto paranóica por proteção para ficarem divulgando coisas sobre nós. Isso é algo que tanto eu como a Lyn estamos de acordo.
Saí do banheiro vestida com roupas que os humanos estão acostumados a irem para shoppings, ao contrário daqui da corte que nós nos arrumamos mais formalmente. Queria saber se a Lyn já havia acordado então projetei toda a minha concentração para ela. Formou-se em minha mente uma imagem de uma garota de cabelos pretos dormindo profundamente em seu quarto. Ótimo, adoro acordá-la.
Nós moramos juntas já que tia Rose é a guardiã de minha mãe e elas são tão amigas que seria estranho se elas não morassem no mesmo palácio. Desci a escada do meu corredor para dar ao corredor de baixo e entrei sem bater na primeira porta à esquerda na qual tinha uma plaquinha com o nome ‘Rozalyn’. Como na minha visão, ela estava babando em seu travesseiro e com as pernas jogadas por toda a cama. Típico.
Pulei em cima dela e logo ela já estava resmungando com raiva.
- Acorda Lyn! Esqueceu do jantar? Temos que comprar nossas roupas! – gritei e essa simples fala pareceu ter despertado algo dentro dela porque ela sentou na cama com tudo fazendo com que nossas testas se chocassem.
- Ai – murmuramos juntas. Logo ela se esqueceu da dor e pulou da cama e gritando algo como ‘Eu não acredito que esqueci...’ ‘Meu vestido...’ ‘Não posso ficar molambenta’ E assim sucessivamente. Eu resolvi não tentar entender o que ela falava para ir tomar café.
‘Vou descer para a cozinha, estou te esperando lá’ – falei mentalmente para a Lyn e logo obtive uma resposta: ‘Tudo bem’. Assim que chego à cozinha me arrependo completamente da minha decisão. Andrew estava lá. O irmão chato e super protetor da Lyn. Mas o pior não é isso, ele vive dando em cima de mim.
- Bom dia gata – ele falou piscando um olho. Resolvi ignorar e pedi para uma das cozinheiras colocar meu café.
- Não me ignore! – ele falou enquanto eu comia.
- Argh! O que é Andrew?
- Você fica linda bravinha sabia?
- Cala a boca.
- Tem várias formas de me fazer calar sabia? Quer testar uma? – ele perguntou me deixando irritada.
- Não briguem, por favor – meu pai, Christian Ozera, acabara de entrar na cozinha do seu jeito pacificador e me dando um beijo na bochecha.
- Ele estava dando em cima de mim pai! – constatei e ele me olhou divertido.
- Eu poderia conviver com isso. Seria melhor ele do que aquele garoto. Como é mesmo o nome dele... Ronald... Osvaldo... Ah! Tory.
- Pai, você sabe muito bem o nome do Tonny! – olhei com raiva para ele.
- Às vezes foge da minha mente! – enquanto isso o Andrew só ria.
- Bom dia família! – Lyn entrou no cômodo com um bom humor um tanto muito raro para ela.
- Bom dia – meu pai e And responderam um tanto hesitantes com medo que ela explodisse a qualquer momento. Eu ri.
- É por causa do jantar, ela adora essas coisas esqueceram? – falei. Acho um tanto estranho esse gosto da Lyn, já que a tia Rose não é muito fã de festas. Acho que é por isso mesmo que ela gosta, para contrariar a mãe e dizer para todos o quanto ela é diferente da incrível Rosemarie Hathaway.
- Acho melhor nós irmos – é só dizer isso que o meu guardião, Max, se posta ao meu lado. Chega a ser um saco, mas fazer o que né? Eu disse que minha família é um tanto paranóica com coisas sobre proteção.
- Ah espera aí! Eu ainda não comi! – então ela comeu mais do que rápido e dava para sentir a ansiedade dela em um simples dia de compras.
***
Já eram uma quatro da tarde quando chegamos à corte. Havíamos comprado os melhores vestidos da loja. O meu é um verde escuro sedoso que combina com os meus olhos. Ele é lindo. O da Lyn é roxo e acentua bem suas curvas.
Ficamos horas nos arrumando até irmos para o salão de festas que fica quase do outro lado da corte. Meus pais já estavam lá porque eles têm que chegar cedo nessas coisas. Assim que chegamos nos deparamos logo com Adrien Ivashckov e o Andrew.
- Olá garotas. Roza você está linda. Você também Lou. – revirei os olhos e percebi o Andrew me encarando. Ah, chulé!
Duas coisas sobre Adrien Ivashckov: 1º ele é louco pela Lyn. 2º A vida dele é sonhar que um dia eles ficarão juntos.
- Oi Adrien – ela falou entediada, mesmo que gostasse de flertar com ele às vezes. Acho que ela queria expandir sua lista hoje.
Quando entramos no salão ele já estava super cheio e eu não parava de olhar para os lados procurando o Tonny. A música estava um pouco alta demais, avistei minha mãe, meu pai e tia Rose conversando com várias pessoas. Alguns guardiões que estavam de plantão. Depois eu avistei Abe vindo em nossa direção.
- Oi vô – falamos juntas. Tudo bem, ele não é meu avô, só da Lyn, mas é como se fosse e ele me trata como neta também, já que não tenho um avô. E ele só tira aquela mascara de Chefão quando está com a gente, chega a parecer inofensivo.
- Olá queridas – disse com um sorriso no rosto – ansiosas para voltarem para São Vladimir amanhã?
- Claro – respondemos juntas novamente. E então quando eu olho para o lado, eu o vejo. Soltei um gritinho agudo e Zimen olhou para mim assustado. Com certeza a Lyn já sabia o que era.
‘Tenta se controlar aí! A minha mente está quase invadindo a sua!’
‘Desculpe’
- Bom, eu preciso ir – falei rápido e fui quase correndo na direção do Tonny.
- Oi Sam – ele falou. 3 coisas sobre Tonny Ivashckov: 1º ele é o cara mais lindo do mundo. 2º ele é a única pessoa que eu deixo e que me chama de Sam, não que eu não goste, mas é que só ele pode me chamar assim. 3º Eu sou completamente apaixonada por ele – mas acho que vocês já tinham percebido.
- Ei, Tonny.
- Preparada para voltar à rotina amanhã? Eu não.
- Só de pensar em acordar cedo me dá vontade de dormir – falei fazendo-o rir.
- Concordo. Mas então, você está linda – ele falou sorrindo. Ai acho que derreti.
- Obrigada, você também está lindo. – ele sorriu e nós começamos a conversar um monte de bobagens que me faziam suspirar toda hora. Então ele me chamou para irmos lá fora para tomarmos um ar fresco.
Ele me levou para uma fonte onde tinha uma estátua da ex-rainha Tatiana. Eu a acho muito feia, mas no final não é que ela fez algum bem para a humanidade?
Voltamos a conversar sobre qualquer coisa que eu não estava prestando muito bem atenção. Tinha coisa melhor para fisgar minha imaginação como ‘Nossa, como ele é gato!’
- ... Mas Ambrose sempre foi muito apaixonado por Tatiana – ele falava quando parou de repente e só depois eu descobri o porquê. Tinham vozes um pouco perto a gente. Andamos até lá em silêncio para saber de quem e do quê se tratava. Ah qual é, nós somos curiosos.
- ... É, você realmente foi um erro na minha vida Dimitri. – ei, essa era a voz da tia Rose. E quem é esse tal de Dimitri?
- Eu sei que você ainda me ama! – a voz do homem respondeu.
- É claro que não! Eu tenho meus filhos, eu tenho uma vida agora! Não bastou para você estragar parte dela? – minha tia falava com voz de choro.
- Roza...
- Não me chame assim! Trate de manter seu filho bem longe da minha filha e eu nunca mais quero te ver na minha vida! – ela gritou e saiu correndo. Eu vi o homem suspirando e pondo as mãos na cabeça como se estivesse chorando.
Olhei para o Tonny que via a cena um pouco atônito.
- O que será que foi isso? – ele perguntou.
- Eu não sei, mas boa coisa não é.
1 comentários:
Karacas amei...qnd tem mais??
tadinho do dimka...parabens
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