Chegamos a uma mansão com pedras calcarias sobre as paredes externas e pude perceber que a mansão possuía um estilo bastante antigo. Esfreguei meus olhos para espantar a sonolência, um guardião veio em nossa direção e me ajudou a levar Ryan que estava bastante pálido. Sidney largou a bolsa em um sofá branco com contornos em marrom, e retirou-se para avisar a Abe que já havíamos chegado, minha barriga rugia então resolvi comer algo. Perguntei para um dos guardiões onde ficava a cozinha, sem me importar ao menos de quem era a casa, e ele me apontou em direção a uma escada de alguns poucos degraus que levava para baixo.
Quando entrei na grande cozinha, estranhei e muito. As paredes eram de tijolo e concreto quase como uma construção pobre não acabada, então depois percebi que tudo fazia parte da decoração do ambiente, as portas dos armários eram de madeira, e tinham pequenas raspas que davam um ar moderno e antigo ao mesmo tempo, o fogão profissional e a geladeira de ultima geração eram de aço inoxidável.
Quando terminei de comer resolvi ir olhar Ryan antes de tomar um banho e descansar.
- Vai ver Ryan? – perguntou Sidney voltando pra sala – Abe disse que virá assim que puder.
- Vou, ele deve estar mal precisa de sangue, vamos ter que arranjar um alimentador pra ele – comentei.
- Providenciarei isso amanhã – bocejou Sidney – vou descansar um pouco.
- Tudo bem – falei subindo as escadas atrás de Sidney.
Decidi passar no quarto de Ryan antes de ir pro meu quarto descansar, dei uma leve batida em uma porta que Sidney me apontou e ouvi um entre bem baixo. Ryan estava deitado em uma cama confortável de madeira e lençóis brancos com um braço tapando o rosto, seu rosto estava com um pouco mais de cor só que a exaustão era visível em sua face, mesmo sabendo que fui usada algo me puxava para ele me fazia querer reconfortá-lo.
Olhei para o quarto, absorvendo os detalhes. As paredes eram da cor creme e o teto era alto no meio do quarto abaixando em uma linha diagonal para a direita, fazendo parecer um daqueles telhados de casinhas em desenho. Havia dois abajures dos lados da cabeceira e uma janela que saltava para fora do cômodo.
- Como se sente? – perguntei tentando soar o mais despreocupada possível.
- Vou superar – respondeu depois de suspirar – melhor assim do que morto.
- Concordo – abafei minha risada e sentei no pé da cama – um alimentador chegará na parte da manhã.
- Obrigado – murmurou tirando o braço do rosto e me fitando – me desculpe Rose, eu realmente não deveria ter te compelido.
- Não mesmo – falei nervosamente mais quando ele segurou minha mão as palavras grosseiras que iria proferir esvaíram-se da minha mente.
- Olha eu realmente me sinto estranho – falou Ryan ajeitando-se na cama – eu juro que nunca senti isso por ninguém.
- Me enganou uma vez outra sem chance – murmurei levantando-me – tenha uma boa noite.
Antes que eu pudesse andar mais um pouco Ryan puxou minha mão, como estava fraca demais acabei sentando na cama de voltar e antes que eu pudesse protestar sua boca calou a minha num beijo calmo. Pensei em empurrá-lo ou até mesmo bater nele por tal ousadia mais não conseguia me mover só conseguia corresponder ao beijo e em como eu queria me sentir amada por alguém, eu era uma maluca por que não conseguia me decidir o que fazer da vida. Com relutância afastei-me de Ryan seus olhos estavam mais vivos e seu sorriso me fez tomar uma decisão.
- Para poder dormir um pouco melhor e com menos fome – comecei tirando o cabelo do pescoço – alimente-se um pouco.
A cena foi realmente hilária de se ver, Ryan esbugalhou os olhos e passou a língua pela boca num ato impensado e olhou nos meus olhos vendo se era algum truque.
- Você só pode estar brincando – disse Ryan descrente olhando para meu pescoço a mostra.
- Não mesmo – falei sorrindo – vamos logo eu quero poder dormir.
- Eu já abusei de você antes não vou fazer isso agora, vá descansar eu sobrevivo até amanhã – falou Ryan sinceramente.
Aquilo me deixou sem armas ele recusou me morder, ele estava preocupado comigo e arrependido pelo que fez, eu sabia que ele não era malvado só estava com rancor pelo pai. Cheguei perto dele e lhe dei um selinho deixando-o com um sorrisinho bobo no rosto enquanto saia.
Entrei por uma porta obsoleta de madeira com a maçaneta em cor de ouro, e ao entrar inteiramente no quarto me deparei com uma cama cor mogno que pegava grande parte do espaço, havia dois abajures ao lado da cabeceira, um de cada lado. Também havia um divã no pé da cama, e um telefone com blocos de papeis em um criado mudo, as paredes eram de cor pastel até praticamente metade da parede e depois ficavam alaranjadas.
Uma mesa circular com duas cadeiras da mesma cor da cama, separava a grande janela em sacada e portas esverdeadas, da porta. Não pude deixar de pensar em o quanto a mansão parecia medieval.
Sem conseguir pensar em mais nada, praticamente corri para o banheiro. Eu estava lastimável, marcas pelo meu braço direito e um corte superficial no esquerdo, minha barriga estava rígida e dolorida por causa dos chutes e socos que tomei, meu cabelo estava uma pasta com o sangue perto da nuca. Tomei um banho rápido e ao mesmo tempo relaxante sabendo que amanhã estaria muito pior que hoje, coloquei moletons confortáveis e do jeito que pulei na cama fiquei.
Apareci no meio de uma ilha paradisíaca e algo me dizia que era algum dos sonhos de Adrian ele não tardaria em aparecer, eu estava vestindo um biquinho minúsculo azul claro e dei risada Adrian não mudava nunca, caminhei até encontrá-lo perto de uma palmeira protegendo-se do sol com uma água de côco.
- Pequena Dhampir quanto tempo – disse Adrian abraçando-me – finalmente consegui entrar no seu sonho o anel de Lissa me impedia.
- Percebi – falei rindo e acariciando seus cabelos como sentia falta dele.
- Me diga como está indo com sua missão? – perguntou fazendo-me sentar em seu colo.
- Indo – respondi evasiva – e a corte?
- Indo – respondeu também rindo e eu acompanhei-o – Lissa está sendo uma boa rainha.
- Acredito que sim Adrian – falei e soube que eu tinha que terminar com ele – eu preciso falar com você.
- Já desconfio do que seja – respondeu na defensiva – vai terminar comigo não vai?
- Eu preciso Adrian – disse abraçando-o – você merece alguém melhor e está bem na sua cara.
- Não tem alguém melhor Rose – falou Adrian segurando meu rosto – eu quero só você, não ligo para as outras.
- É o melhor – falei levantando-me – vai me agradecer ainda.
- Não vai me evitar certo? – suspirou resignado e eu engoli as lágrimas.
- Nunca Adrian você é meu irmão – falei e ele segurou minha cintura colando nossos lábios no que viria ser nosso ultimo beijo.
- Volte logo pequena dhampir – disse Adrian antes do sonho acabar.
Acordei no dia seguinte com uma dor no corpo horrível, gemi jogando um travesseiro em cima da cabeça a fim de dormir de novo e fazer a dor passar mais eu sabia que não adiantaria de nada, com um suspiro derrotado levantei. Escovei os dentes, lavei o rosto, troquei-me e penteei meus cabelos para tomar café, enquanto estava descendo as escadas esbarrei em Sidney ela estava claramente irritada hoje mais eu tinha que provocá-la.
- Como foi a noite Sid? – perguntei sarcástica – casa cheia de criaturas malignas deve te dar um pavor.
- Cala a boca Rose – murmurou e apertou o passo distanciando-se de mim.
- Tudo bem – falei entrando na cozinha onde só estava um guardião.
tt Ele era alto, robusto, cabelos bem curtos num tom arruivado e os olhos eram castanhos, aparentava ter trinta e poucos anos. E eu admito, ele era muito bonito, olhou-me de cima a baixo e sorriu.
- Guardiã Hathaway – cumprimentou-me e eu perguntei-me como sabia o meu nome – prazer sou o Guardião Stewart.
- Prazer Guardião Stewart – falei sorrindo – posso saber na mansão de quem estou hospedada?
- Do senhor Mazur – respondeu naturalmente – tenho que ir minha ronda ira começar, nos vemos outra hora.
Fiquei em choque por um momento e depois dei de ombros, Abe gostava mesmo de ser exagerado em qualquer lugar do mundo mesmo.
Fiquei perdida em pensamentos enquanto mastigava meus ovos mexidos com suco de laranja, eu sabia que Adrian ficaria ruim por um tempo mais ele superaria isso e Viktoria estaria ali para ajudar e conquistá-lo. Senti alguém entrando na cozinha e quando virei-me Ryan entrou vestindo uma calça marrom e uma blusa branca destacando seu porte físico atlético, ele sorriu e me deu um selinho antes de ir preparar seu café.
- Dormiu bem? – perguntou e eu acenti feito uma boba.
- Ryan eu preciso saber se você virá comigo para a corte – falei e vi ele ficar tenso.
- Rose...Eu...Eu não sei – falou Ryan sentando-se de frente pra mim e começando a tomar seu café da manhã – ele não merece isso.
- Ele não mais ela sim – falei e ele parou para pensar – Lissa não tem culpa nem sabe que você existe, ela merece essa chance.
- Todos os Dragomirs são iguais – respondeu friamente – soube das proezas de André na Academia St. Vladimir.
- Erros – rebati – todos cometem até mesmo você e aqui estou eu falando com você, te desculpei e até te beijei mesmo não tendo nada com você.
tt Pela sua cara eu soube que acertei-lhe em cheio e sorri vitoriosa, mais mesmo assim ele fechou a cara e deu de ombros me deixando frustrada aquilo seria mais complicado do que eu pensava.
- Beijou por que quis Rose – respondeu com um sorriso malicioso – viu não preciso nem usar compulsão sou irresistível.
- Você se acha esse é seu problema – respondi levantando-me – vou treinar até mais tarde.
Fui para o meu quarto furiosamente, ele era mimado demais foi muito protegido pela mãe e agora não quer ajudar quem realmente precisa.
- Se eu pudesse obrigava-o a ir – murmurei para mim mesma quando entrei no quarto – mimado!
Coloquei um top rosa e um moletom cinza, prendi meu cabelo num rabo de cavalo, passei pomada nos machucados e antes de sair procurei me informar onde ficava o ginásio onde os guardiões de Abe treinavam. Quando cheguei lá eu tive que segurar minha boca para não cair, Abe realmente gostava de tudo muito caro, tinha vários equipamentos e muitos bonecos para lutar e eu gostei. Armei alguns bonecos e alonguei-me antes de começar a treinar, dei socos rápidos e contínuos nos bonecos conforme minha raiva aumentava a força dos golpes também aumentavam, chutes e xingamentos saiam da minha boca quando ouvi alguém entrar, não liguei estava concentrada demais. Dimitri sempre me falara que eu tinha que usar minha altura como meu ponto forte e agora eu treinava isso dando chutes e socos enquanto abaixava, por fim parei exausta mais não havia terminado. Vi que era Ryan que entrou mais não liguei estava muito brava com ele ainda, sai do ginásio e comecei a correr.
“Quando um Strigoi vem a primeira coisa que você faz é correr” as lições de vida zen de Dimitri vinham em minha mente. “Roza...Nunca hesite” balancei minha cabeça para espantar esses pensamentos eu não queria pensar em Dimitri agora. Terminei a corrida e voltei para o ginásio Ryan continuava ali, peguei minha toalha e comecei a secar o suor do rosto.
- Você luta bem – comentou Ryan me olhando com atenção e eu dei de ombros.
- Faz parte da minha vida – informei virando-me para sair.
- Você podia me ajudar a treinar – argumentou ele e eu congelei no lugar. Ele queria treinar? Para que?
OI PESSOAL O BLOG ESTA PARADO TEMPORARIAMENTE
ESPERO VOLTAR EM BREVE.
BEIJOS!!!!
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