Decisões tolas só resultam em sofrimento
Dimitri
Sai da sala de audiência com a sensação de dever cumprido, agora Rose estava livre. Após uma noite de insônia resolvi ir a Rússia, estava com saudade da minha família e me sentia mal por não ter nada nenhuma explicação sobre tudo que aconteceu a todos. Levantei e fui falar com Vasilisia sobre minha decisão.
- Bom dia princesa.
- Bom dia Dimitri. – Ela respondeu sorrindo. – Posso ajudá-lo.
- Vim avisar que vou pra Rússia. Devo algumas explicações a minha família. – Ela me olhou um pouco triste, porem não demorou muito um sorriso nascer em seu rosto.
- Eu vou junto.
- Como?
- Rose me falou sobre a Oksana e eu gostaria muito de conhecê-la.
- Mas e os seus compromissos? – Eu não estava certo de que seria uma boa ele ir pra Rússia.
- As aulas na faculdade ainda vão demorar e aqui na corte eu não posso fazer nada, graças ao tal corun.
- Mas...
- Mas nada, isso é, se você não se importar que eu vá com você.
- Oh não princesa. – Disse verdadeiramente.
Sai do quarto de Vasilisia e fui avisar ao minha decisão, eu sabia que ele não me negaria isso. Enquanto ia ao escritório dos dhampir encontrei com o Abe.
- Dimitri. – Ele me cumprimentou alegre. – Quero te agradecer de novo por tudo que você fez por Rose.
- Não precisa agradecer Abe. – Ficamos conversando por um tempo.
- Você vai pra Rússia? – Abe perguntou sorrindo.
- Yeah.
- Se não for incomodo gostaria que levasse algo para Rose pra mim. – Senti varias emoção ao mesmo tempo, euforia por saber que Rose estava na Rússia e não seria difícil revê-la, raiva por pensar assim, frustração entre outros sentimentos. – Algum problema? – Abe perguntou depois que eu não o respondi.
- Não... Claro que levo o que quiser para Rose. – Me apresei em sair de perto dele e fui para o meu quarto, enquanto ia para o quarto já estava tentando achar um motivo para cancelar a viajem, algo dentro de mim dizia que eu não devia ver a Rose de novo agora.
- Dimka! – Tasha chamou quando eu entrava não meu prédio, quando eu a vi uma luz se acendeu. Será se daria certo?
- Tasha. – A cumprimentei com um beijo no rosto. – Que bom te ver. Posso falar com você?
- Claro. – Ela respondeu sorrindo. Subimos para o meu quarto e lhe fiz a proposta, Tasha ficou com o pé atrás, mas no final ela acabou aceitando. O dia da viajem chegou rápido e tanto Vasilisia quanto o Cristian estranhou muito quando Tasha e eu dizemos que estávamos juntos. Quando o avião pousou na Rússia senti meu coração bater forte no meu peito, estava mais que ansioso. Porem eu não esperava vê-la tão cedo. Assim que chegamos na casa da minha família ela estava lá. Como um ima foi atraído para a escada e lá estava ela.
Nossos olhos se uniram e eu senti faísca de fogo percorrer todo o meu corpo, rapidamente coloquei minha mascara de tutor pra que ela não visse os meus verdadeiros sentimentos.
***
-Onde esta a princesa? – Perguntei quando Vik chegou em casa.
- Ela decidiu ficar lá com a Rose. – Ela falou subindo.
- Como? – Vik parou no meio da escada e me olhou interrogativamente. – Ela vai ficar lá?
- É. – Ela respondeu simplesmente, voltando a subir. O que eu senti foi estranho, era como ciúme. Ciúme por Lisa por estar com a Rose eu não e também eu era o responsável por ela.
- Aonde vai? – Tasha perguntou quando eu me levantei.
- Dar uma volta. – Falei me apresando a sair. Enquanto caminhava tentei de todo o jeito pensar que isso era somente para proteger a princesa, porem eu não enganava nem a mim mesmo.
- Oi. – A mesma garota que estava com a Rose na casa da minha mãe, me cumprimentou.
- Ola. – Respondi serio. – Posso falar com a princesa Vasilisia? - Ouvimos alguém se aproximando, uma zoeira de luta e olhando para o lado da sala de onde saiu a Rose e um rapaz, eles riam enquanto lutavam, vê-la treinando fez eu lembrar de quando ainda estávamos no St. Vlademir, se bem que la ela nunca sorriu tanto. Uma raiva incontrolada surgiu em meu peito. A garota olhou para tras e falou.
- Hã Rose, temos visita. – Rose me olhou assustada e eu perguntei.
- Onde está a Vasilisia? – Perguntei áspero. Ver a intimidade dela com agora garoto me fez ser agressivo.
- Depois continuamos. – O garoto falou se despedindo dela. Rose concordou com a cabeça ainda olhando pra mim.
- Ela esta dormindo. – Rose me respondeu, sua voz não demonstrava emoção.
- Oi princesa. – Outro garoto falou entrando na sala. Mais um, pelo visto ela dava intimidade a todos. Incrível como aquela simples palavra me afetou. A amiga da Rose falou algo, porem eu já não ouvia nada, meus olhos não desviavam do rosto da Rose.
-Por que veio buscá-la? – Eu queria dizer que não tinha vindo pela princesa, queria dizer que eu nunca a havia esquecido, queria dizer que eu ainda amava porem o que saiu não foi isso.
-Por que eu sou o guardião dela e tenho que ficar com ela o tempo todo, protegendo ela coisa que uma criança como você não sabe fazer. Ao invés de cuidar da princesa estava brincando!
As palavras que saiam me feriam automaticamente, mas já era tarde.
-Realmente você é o guardião dela e só pra você saber eu posso muito bem cuidar da Lissa. E mais uma coisa eu acho que não era tão criança assim na hora de ficar comigo não acha guardião.
Como sempre ela tinha que me surpreender, e como sempre também tinha que me tirar do serio.
-Você sempre foi e sempre era uma criança Rosemarie, você foi um erro.
Eu pude ver em seus olhos como as minhas palavras a machuram.
-Você Dimitri Belikov é o cara mais canalha que eu conheço no mundo, você só me usou, você disse que me amava e eu acreditei, eu me entreguei a você, e você prometeu sempre estar aqui pra mim, você prometeu e eu acreditei, como fui burra como sou burra. Eu te odeio Dimitri, te odeio por existir, te odeio por ter me feito te amar. Eu odeio e me arrependo de cada segundo que passei com você, me arrependo de tudo que fiz por nós, tudo que eu fiz por você. ARREPENDO-ME DO DIA QUE TE CONHECI.
Antes que eu pudesse falar qualquer coisa Rose saiu correndo, eu ameacei ir atrás dela, mas fui impedido.
- Deixe à sozinha. – A garota falou voltando para a sala. – Você não cansa de machucá-la? – Ela perguntou um tempo depois. As palavras de Rose ainda rondavam em minha cabeça. Eu nunca imaginei o quanto eu a havia feito sofrer.
- O que aconteceu? – O tal Arthur perguntou entrando na sala.
- Não foi nada. – Thamy o respondeu. Ele a olhou e virou para mim. Eu não esperava pelo que ele fez, por isso ele me pegou desprevinido. Com dois passos rápidos ele se aproximou de mim, e antes que eu esperasse ele me deu um soco certeiro.
- O QUE VOCÊ FEZ COM ELA? – Ele perguntou gritando. Eu não revidei sabia que eu merecia não somente um soco. – Por que você não ficou na corte seu strigoi de uma figa. – Ele cuspia as palavras com raiva e nojo. Sua raiva era tão grande que me fez pensar que ele não era somente amigo da Rose.
- Chega Arthur. – Thamy falou sua voz baixa porem com autoridade. Ele a olhou e não protestou.
- Vou atrás da Rose.
- É melhor não, daqui a pouco ela estará de volta. – A contragosto ele aceitou. Os outros também vieram pra sala e pouco depois Lisa desceu.
- Oi. – Ela falou sorrindo, porem quando ela viu a tensão na sala perguntou. – Aconteceu alguma coisa? – Todos me olharam e eu abaixei a cabeça. – Dimitri o que...
- Eles discutiram. – Thamy falou. – E a Rose saiu... E o Arthur deu um soco no Dimitri. – Lisa me olhou preocupada.
- Você esta bem? – Afirmei com a cabeça. – Vocês não deviam ter brigado. – Foi tudo que ela falou porem seus olhos me reprovavam.
As horas passavam lentamente e torturantemente, as palavras de Rose martelava na minha cabeça mais que o soco que o Arthur no meu rosto. Com o passar do tempo eu comecei a ficar mais e mais preocupado.
- Acho melhor irmos atrás dela. – Denis falou. Arthur estava desesperado e eu já tinha percebido a tempo que ele gostava da Rose, da minha Roza.
- É acho que sim. – Thamy falou porem antes de qualquer um se levantar ouvimos o som de alguém chegando. Todos viramos ao mesmo tempo para a porta e então Rose entrou. Ela estava suja, a roupa rasgada em alguns lugares e mancando muito.
-O que aconteceu com você? – Lisa perguntou aflita.
- Rose. – Arthur falou aliviado, no momento seguinte ele estava com ela nos braços. Ele a carregou até o sofá e a sentou olhou o seu pé cuidadosamente. – Não esta quebrado. – Eles se olharam, se esquecendo de todos na sala, ele sorriu encantado e eu senti meu estoma revirar. Agora sim queria descontar aquele soco nesse idiota. – Esta doendo?
- Um pouco.
-Mas o que aconteceu Rose? – Lisa perguntou novamente.
- Eu encontrei alguns strigois. – Automaticamente eu fiquei alerta. – Eles me atacaram, eu torci o pé antes de mata-los.
- Porra Rose você poderia ter morrido. – Arthur a repreendeu enquanto se sentava ao seu lado e segurava sua mão. Novamente me senti revoltado por ele estar a consolando, estar a repreendendo, por ele estar com ela.
- Argh. – Levantei-me e todos me olharam. – Você vai ficar aqui princesa? – Perguntei a Lisa.
- Er... Vou sim, tudo bem?
- Ok. – Falei serio. – Tudo ok? – Perguntei para Rose, nossos olhos se encontraram por um nano segundo e eu desviei o meu.
- Yeah. – Ela apressou em responder. Sai sem dizer mais nada.
Enquanto caminhava para casa refletia na grande confusão que virou minha vida, antes de conhecê-la minha vida era tranqüila, e então ela apareceu, linda, perfeita e virou minha vida de cabeça pra baixou, entrou no meu coração e nunca mais saiu, nem quando eu era strigoi. Senti um arrepio no meu corpo ao lembrar quando era strigoi.
Mas do que adianta todo amor, se eu não era merecedor. Como eu poderia cogitar a hipótese de ficarmos juntos depois de prendê-la, de mordê-la, de tentar matá-la. A minha única opção foi afastá-la, mas não ela tinha que insistir e me obrigar a proferir palavras que cortaram meu coração tanto quanto o dela. Naquele dia, na capela, eu vi em seu olhar a dor que eu a infligi e senti a mesma dor em minha alma, mas eu merecia sofrer e ela merecia ser feliz, mas quando eu a vi nos braços de Arthur eu senti como se arrancassem meu coração e cortasse em pedaços. Será se ela havia seguido em frente? Havia me esquecido? Sentei no canto da rua e segurei meu rosto entre minhas mãos, eu me sentia como se todo o meu ar tivesse sido tomado. E então eu soube mais do que nunca que decisões tolas so resultam em sofrimento.
Essas malditas decisões me tiraram minha Roza. E agora ,o que eu vou fazer,como será a vida de agora em diante? São tantas perguntas sem respostas. olhei pro céu, cheio de estrelas brilhando e me lembrei daqueles olhos de um castanho tão profundo que sempre conseguiria ver minha alma apesar de eu tentar negar,se ela tiver seguido em frente eu vou suportar ver ela com outro?Ela vai ser feliz?Eu vou ser feliz?Mais que diabos eu estou pensando a Rose será feliz ela sempre superou e sempre ira superar qualquer obstáculo, me levantei e tentei não pensar nela.Cheguei em casa estava tudo apagado,fui andando de fininho mais uma voz me assustou,era a vovó.
-Precisamos conversar Dimka.
Suspirei afinal sabia que esse momento iria chegar. Sentei no sofá ao lado do dela estava tentando decifrar a expressão no rosto dela, só não espera ela me bater com a bengala na cabeça.
-Ai...
-Não reclame, você esta procurando por isso!
Acho que devo concordar com a Rose a Yeva esta meio louca ultimamente.
-Dimitri o que você acha que esta fazendo da sua vida ficando noivo daquela lambisgoia!? Você a esta perdendo Dimka e se a perder você vai sofre, eu vi isso. Você a esta deixando ir pra um caminho sem volte, lute por ela Dimitri, lute com todas as suas forças,esqueça esse orgulho,esqueça o passado pense no agora filho... Não a perca.
Falando isso ela se levantou e foi pro quarto dela eu fiz o mesmo, aquelas palavras não saiam da minha mente "NAO A PERCA",tomei um banho frio e me deitei.
Abri os olhos e me deparei com a Rose, ela estava com um vestido branco solto em seu corpo o que a deixava muito sexy, ela subiu em cima de mim e disse: eu sei que você me ama camarada, você sempre me amou e sempre ira amar...
Ela me beijou de um jeito tão quente que me deixou excitado, mais nesse momento ela se levantou e não estávamos mais no meu quarto na Rússia e sim em um penhasco estava chovendo forte e o mar estava agitado, o vestido branco encharcado marcava seu corpo e ficava transparente. Ela foi dando passos para trás com um sorriso triste nos lábios, a cada passo ela chegava mais perto do fim... no ultimo passo ela gritou:NAO ME PERCA,e se jogou no mar,desesperado me joguei atrás dela,procurei e não a encontrei, eu não podia perde la não agora, não ela.
Acordei suado com lagrimas dos olhos, olhei no relógio e não tinha meia hora que tinha me deitado. O que será que significa esse sonho? Será que vou perde la?
2 comentários:
ta perfeito o capitulo
Meu o capitulo tah mara!!!
PS:lambisgoia.......rachei
ass.raay
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