Rosemarie namorava seu amigo de infância e seu futuro guardião, Mohammed Saruth, dono dos olhos mais negros que ela já viu e dos cabelos mais sedosos e também negros que ela já teve a oportunidade de acariciar.
POV Rose – flashback on
“Amor, às vezes eu sinto tanta a sua falta...”
“Rose, querida, nós nos vemos todos os dias, fazemos as refeições juntos, ficamos juntos todos os intervalos... E ainda assim, parece que quando você sai da minha vista eu sinto até dores...”Ela sorriu abertamente, mostrando suas presas.
“Mas pelo menos aqui, na biblioteca, nós temos um pouco de privacidade e podemos ficar bem juntinhos.” Ele riu.
“É, até que o diretor Ali não descubra. Aliás, nos temos que voltar aos dormitórios, senão seremos pegos e seus pais vão te deixar de castigo de novo!” Ela riu e o beijou. Um beijo urgente, mas ao mesmo tempo, demonstrando todo amor que eles sentiam um pelo outro.
Rose e Mohammed iam fazer dezesseis anos de idade e se conheciam desde os quatro. Eles entraram juntos na Academia Santa Sofia e se gostaram desde que se viram pela primeira vez. Assim começou uma linda história de amor. Ele deu duro para se tornar o melhor aluno da Academia e Rose pediu ao seu pai que quando se formassem, que ela queria que ele fosse seu guardião. Seu pai concordou, é lógico, depois de ter verificado o seu currículo e sua família. Rose ficou muito feliz e o plano maluco deles era que depois que eles fossem para a faculdade, eles iriam até Las Vegas e se casariam. Assim, seus pais não poderiam impedir.
Eles caminhavam de mãos dadas pelo campus, quando ouviram gritos e logo depois foram atacados por dois strigois. Mohammed se jogou na frente dela e tentou defendê-la como pode. Ele ordenou que ela corresse, mas ela não conseguia deixá-lo lá e ateou fogo em um dos strigois. Ele queimou como uma fogueira até a morte, mas o outro pegou Mohammed pelo pescoço e torceu como se tivesse girando uma rosca em um parafuso. Rose viu a vida deixar os olhos de seu amado futuro guardião, namorado e melhor amigo e gritou, ateando fogo no segundo strigoi. Aquele que acabou com a vida de Mohammed e com a sua também. Ele era o ar que ela respirava, ele não poderia morrer ali, daquela forma. Ela tinha que salvá-lo, era só o que ela pensava. Ela correu para ele, mas foi detida por Mikail. Ela gritava e tentava escapar do seu guardião, para tentar curar Mohammed como quando ela curou seu psi-hound de estimação, Boris, quando ela o atropelou com o carro de seu pai. Mas ela foi impedida, porque estavam cercados de strigois.
“Rose, docinho, você não pode ir lá, você vai morrer também. Sinto muito.” Mikail sussurrava em seu ouvido, segurando-a firmemente, porque ela queria escapar de qualquer jeito.
“SE FOR PARA PERDÊ-LO, EU TAMBÉM QUERO MORRER!!!” Ela gritava com toda força de seus pulmões. Ela estava ferida também. O strigoi que a pegou, tomou seu sangue e ela estava fraca. Foi levada para a enfermaria e depois para casa. Ordens de seu pai.
POV Rose flashback off
Agora ela estava em seu quarto, fazendo suas malas para ir para um lugar desconhecido, com pessoas desconhecidas, sendo que os seus dois únicos amigos que a acompanhariam seria o seu guardião Mikail Tanner, a quem foi atribuída desde o nascimento, logo depois que ele saiu da Academia, e seu amigo, Mason Ashford que era o segundo melhor novato e, que lhe seria atribuído assim que se formasse.
Já fazia seis meses que Mohammed havia falecido e ela estava sendo transferida para que“tivesse um pouco de disciplina”, como diziam seus pais. A verdade é que seu pai não queria a sua transferência, mas a sua mãe insistiu, porque não agüentava mais as vergonhas que ela alegava passar, tendo que ir toda semana à Academia para discutir com o diretor Ali a insubordinação e as bebedeiras de Rose. Seu pai entrou no quarto, com um olhar de tristeza e a abraçou.
“Kiz, vou ficar com tantas saudades suas!!! Sentirei sua falta!” Ela chorou baixinho, abraçada a ele.
“Baba, eu tenho mesmo que ir? Me deixe ficar... Eu prometo ao senhor me comportar!” Ele acenou triste.
“Sua mãe acha que será melhor e mais seguro para você, kiz. Eu preferia deixar você estudar aqui em casa, assim você estaria segura e longe das bebedeiras...”
“Mas baba...”
“Vamos querida, seu vôo sai daqui a quarenta minutos. Vamos! Eu vou te levar pessoalmente.”
“A megera não vai, né?!” Ele abanou a cabeça.
“Não kiz, a sua mãe não vai. Não fale assim, Rosemarie, ela te ama e só quer o seu bem, o melhor para você!”
“Não, baba, ela me quer longe. Longe do senhor, da minha casa, do Boris, dos meus amigos... É isso que ela quer. Ela quer me ver infeliz! Eu deveria ter morrido naquele...” Ele a silenciou, colocando o dedo indicador em sua boca e a abraçou, murmurando.
“Nunca mais repita isso, kiz. Nunca mais! Você é tudo de mais importante que eu tenho na minha vida e se eu te perder...” Eles ficaram abraçados por uns bons minutos. Até que Janine entrou no quarto.
“Kiz, querida, me dê um abraço de despedida!” Rose se fechou em conchas e continuou abraçada ao seu baba.
“Não! Eu não quero te abraçar. Eu não quero nem te ver! Você não me quer aqui... Estou sendo expulsa, enxotada de minha própria casa por aquela que se diz minha mãe. Este quarto ainda é meu e eu não te quero aqui na hora da minha maior dor.” Ela falou baixo, mas com uma voz dura. Janine baixou a cabeça e saiu do quarto. Sua fisionomia era de dor.
“Kiz, você não deveria ter falado desta forma com a sua mãe, querida! Eu sei que você está sofrendo, que não quer ir, mas ela é a sua mãe e não merece esse tratamento, Rosemarie. Você vai se desculpar e despedir-se dela.” Abe era um homem duro, implacável, mas era como massa de modelar nas mãos de Rose.
“Baba, não me obrigue a falar com ela, por favor!” Já com os seus lindos olhos castanhos marejados de lágrimas.
“Tudo bem filha, tudo bem!” Disse com voz desaprovadora.
“Baba, eu não posso mesmo levar o Boris?! Ele é tão bonzinho e eu tenho certeza que ele iria se comportar perfeitamente.” Seu pai abanou a cabeça.
“Rosemarie, o Boris é um psi-hound, não é um gatinho ou um poodle! Ele é um animal selvagem e só obedece aos morois seus donos! Como você poderia mantê-lo preso no quarto na Academia, kiz? Ele precisa de espaço e de caçar! Não, meu amor, não posso deixar que você o leve e na Academia Saint Vladimir não é permitido bichos de estimação, principalmente quando se trata de um psi-hound! E se ele morder ou ainda pior, matar alguém? Ele poderia ser sacrificado e eu processado. Deixe-o aqui, ele será bem cuidado e você virá vê-lo nas férias, ta bom?!” Ela acabou assentindo. Boris estava deitado no pé de sua cama olhando para ela e ela o chamou.
Ele veio, parou em sua frente e abanou o rabo. Aquilo a deixou mais infeliz ainda. Ela agachou e o abraçou como a uma criança.
“Boris, meu filhinho, a sua avó, a megera Janine, está me expulsando de casa e eu vou ficar um tempo sem te ver, mas assim que eu puder eu volto. Eu te amo e jamais te abandonaria sem ser obrigada a isso. Se comporte senão você será o próximo a ser expulso e este quarto agora é seu, entendeu? Não deixe ninguém entrar aqui a não ser que seja para limpar, mas não deixe ninguém mexer nas minhas coisas. Entendeu, filho?!”
O cão parecia ter e, certamente tinha, perfeita compreensão das palavras de Rose, porque imediatamente ele deitou-se na cama dela e se esparramou. Todo feliz! Seu pai riu da cena e Mikail, que estava parado na porta, também.
“Bem, agora vamos querida. Você está atrasada! Eu vou cuidar pessoalmente de Boris. Ou eu ou Pavel, que também é o único damphir desta casa que chega perto dele sem ele querer arrancar um pedaço.” Rose riu toda satisfeita e mandou-lhe uma mensagem mental: Bom garoto, Boris, bom garoto!!!
Ela foi mesmo embora sem se despedir de sua mãe, mas fez questão de se despedir de todos os empregados da casa. Sua mãe a observava da janela, chorando baixinho, triste e arrependida de ver seu único bebê ir embora para longe, triste e magoada com ela. Acho que a minha filhinha tem razão: eu sou mesmo uma megera! Mas ela acreditava estar fazendo isso para o bem de Rose.
A viagem foi tranqüila e depois de quase 10 horas de viagem, estavam na Saint Vladimir. Ela foi levada à sala da diretora Kirova que a recebeu com um enorme sorriso.
“Muito prazer, Princesa Mazur. É um privilégio tê-la como aluna nesta Academia. Seja bem vinda!” Rose era uma garota tímida na essência e muito fechada, reservada.
Ela colocava uma máscara de ‘está tudo bem, eu não estou nem aí para nada’, mas na verdade, ela queria sair correndo e se esconder em algum lugar que ninguém pudesse encontrá-la enquanto ela fosse novidade ali. Por onde ela passava chamava a atenção. Ela era bem diferente dos outros morois. Era alta e magra, mas tinha um corpo bem definido, por treinar com seus guardiões, tinha seios fartos, cabelos quase negros, lisos, compridos até a cintura, olhos castanhos claros amendoados com cílios espessos, lábios bem definidos. Ela era realmente linda e por onde passava, chamava mesmo a atenção.
Ela cumprimentou a diretora Kirova, com um meio sorriso, pois não era habituada a mostrar suas presas e seu humor, que já não era dos melhores, depois do que aconteceu com ela na Turquia, estava ainda pior, porque ela estava cansada, com sono e precisando se alimentar de sangue. Ela foi levada pela chefe da guarda, a guardiã Petrov – Alberta Petrov. Ela era uma mulher de quase quarenta anos de idade, alta, de cabelos cortados em um Channel muito curto, morena clara e que deveria ter sido muito bonita quando mais nova. E o melhor: muito simpática.
“Você vai ficar no alojamento dos morois, na ala feminina. As alas são separadas por sexo, para evitar problemas. Seu pai mandou deixá-la em um quarto sozinha, então ficará em uma suíte muito confortável no terceiro andar. Vou te levar para lá, a não ser que prefira conhecer o campus primeiro...”
“Não, guardiã Petrov, eu prefiro ir para o meu quarto. Estou muito cansada da viagem e com dor de cabeça, mas se a senhora não se incomodar, gostaria de me alimentar primeiro.”
“Tudo bem, então vamos aos alimentadores e depois te levarei ao seu quarto.” Na sala de alimentação dos morois, Rose teve que esperar um pouco, mas tinha só duas pessoas na sua frente. Uma linda garota loira, com mais ou menos dezesseis anos, idade de Rose, cabelos muito lisos e compridos até o meio das costas, alta, magra e lindos olhos verdes jade. Ela sorriu para Rose que retribuiu timidamente e um rapaz moroi alto, cabelos castanho-escuros e lisos e lindos olhos azuis que ficou olhando para ela como se estivesse hipnotizado.
“Olá, você deve ser a princesa Rosemarie Mazur. Muito prazer, Vasilisa Dragomir, mas pode me chamar de Lissa.” Ela sorriu simpática. Rose gostou dela de cara e resolveu se apresentar também.
“Olá! Tem razão, mas me chame só de Rose. E o prazer é meu em te conhecer.” Elas ficaram ali conversando até que chegou a vez de cada uma se alimentar.
“Rose, você não quer conhecer o campus?”
“Não Lissa, da Turquia até aqui foram dez horas de viagem. Estou muito cansada e queria dormir um pouco.”
“Se você quiser, posso te levar ao seu quarto.” Ela olhou para a guardiã que a aguardava, pacientemente e disse:
“Guardiã Petrov, se a senhora preferir, eu vou com Lissa e a senhora pode voltar. Acredito que meu pai vai querer falar com a senhora, porque meu guardião pessoal me acompanhou e deve ficar aqui comigo.” Alberta assentiu e se retirou.
“Você tem um guardião formado já?!” Rose riu.
“Sim. Ele é meu guardião desde que se formou, ou seja, antes mesmo que eu tivesse nascido.” Ela riu de novo. “Ele é como um irmão mais velho para mim e meu melhor amigo! Seu nome é Mikail Tanner.” Seu sorriso murchou. Ela se lembrou de Mohammed. “Veio também um novato, Mason Ashford, que será designado para mim quando se formar, como meu segundo guardião. Meu pai tem obsessão com a minha segurança!” Ela riu novamente, mas seu sorriso não chegou aos olhos. Lissa percebeu, mas nada disse. Elas chegaram ao quarto de Rose. Era uma enorme suíte, com uma enorme cama de casal, muito bem decorada, parecida com seu quarto na Turquia, só que um pouco menor. O banheiro tinha uma ducha separada da banheira, que era uma jacuzzi. Seu pai realmente tinha feito com que ela se sentisse confortável. Lissa ficou parada na porta de boca aberta.
“Rose, você vai morar em um hotel? O meu quarto é bastante confortável e eu também moro sozinha, mas isso??? Isso é incrível!” Elas riram.
“É, é mesmo. Meu pai sabe me fazer feliz! Embora eu esteja estar odiando ficar longe de casa e do meu Boris!”
“Boris? Seu namorado?” Rose riu ruidosamente agora, mostrando suas presas.
“Não. Namorado não. Meu filho!” Lissa arregalou os olhos, mas Rose percebeu e se adiantou. “Boris é o meu psi-hound de estimação!” Lissa arregalou os olhos mais ainda, se é que isso era possível.
“Psi-hound de estimação. Quem tem uma fera de estimação, Rose, pelo amor de Deus!?” Rose não se ofendeu. Psi-hounds realmente eram feras, mas Boris foi pego filhotinho, quando sua mãe foi morta durante um ataque.
“Ele é um doce! Mas só obedece a mim. Quero ver o que a megera vai fazer sem mim com o meu Boris! Só espero que ela não o maltrate, senão eu...” E mostrou uma bola enorme de fogo que se formou em sua mão. Lissa riu.
“Bem duas coisas: a primeira é que você vai se dar super bem com o meu namorado. Christian Ozera. Ele é usuário de fogo e gosta, gosta não, adora e tem mania de praticar magia ofensiva e segundo: QUEM É MEGERA??”
“A que se diz minha mãe, que me mandou para esse lugar longe de tudo que eu amo. Ela é a megera!”
Elas riram juntas e ficaram ali conversando até o toque de recolher.
1 comentários:
nossa muito legal, a rose como moroi
e tadinha ja começa sofrendo, perdeu o namorado e mae a mandou pra longe
mas a mae dela nao parece tao ruim como ela acha
amei
parabens
bjss
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