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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Capitulo 7


Nikolai

A viajem pra corte foi calma, mas meu coração parecia estar sendo esmagado, eu podia ver o rosto de Vik em minha frente, eu sempre soube que ela não gostava de mim, porem eu a amava. Fiquei imaginando se ela havia recebido minha carta, se a tinha lido, se sentiria minha falta pelo menos um terço do tanto que eu sinto a dela.
Os primeiros dias na corte foram horríveis, não tinha um minuto que eu passava que eu não pensava na Vik. Também sentia falta de casa, da minha família. Senti-me deslocado e pra terminar não estava nem um pouco preparado para ser guardião. Os recém chegados, que não tinha um moroi pra proteger, tinham um horário muito puxado. Primeiro foi difícil me acostumar com o horário, já que eu seguia os horários humanos. Então depois de passar a noite “dia humano” quase toda rolando de um lado para o outro na cama, eu levantava, me vestia com o uniforme padrão dos guardiões que ficavam na corte e me apresentava no quartel de comando dos guardiões. Das sete às nove e meia nós treinávamos puxado, fiquei feliz em poder treinar com o Dimitri irmão da Vik. Nove e meia eu ia pro meu turno no serviço, que era ficar organizando os papeis no KGB dos guardiões. Meio noite era nosso almoço, depois tínhamos palestras pra quando fossemos requisitados para ser guardiões, depois tínhamos simulações de ataques. Quando o dia já estava raiando fazíamos uma corrida e encerrava nosso dia.

***
Depois de mais um dia na corte deitei na minha cama pensando como sempre na Vik, eu já não demorava tanto a dormir, já estava me acostumando com o horário moroi. Ouvi uma batida na porta e fui abri-la.
-Nikolai. – Falou um dos agentes que trabalhava comigo. –Precisamos de você. – Tentei imaginar o que poderia ser de tão importante que precisavam de mim, mas não consegui. Vesti a primeira calça que vi pela frente e sai, quando cheguei em frente ao hotel onde era meu quarto vi vários homens de preto virem pro meu lado e me pegarem. Na hora a primeira coisa que pensei foi que eram inimigos e então comecei a chutar tudo que podia, ate que me colocaram em um carro junto com outros garotos novos. O furgão preto corria muito e eu queria poder fazer algo pra sair dali, mas era impossível. O caminho por onde íamos mudou, e o furgão começou a quicar em alguns buracos.
-Pra onde estamos indo? – Perguntei para os homens que estavam no banco da frente.
-Não adianta eles não respondem. – Respondeu uma voz feminina, Lilian reconheci a voz.
-Mas o que está acontecendo? – Perguntei pro volto da Lilian.
-Não sabemos. – Quem respondeu dessa vez foi o Peter. Ficamos em silencio e pouco depois o carro parou, fomos puxados de dentro do carro e quando estávamos do lado de fora vários outros homens apareceram e nos atacaram. Vi dois deles virem na minha direção e os encarei, porem todo soco que eu dava neles eles desviavam. Ao contrario deles que pareciam saber o lugar e a hora certa de me atingir. Com um descuido de um deles passei meu braço por seu pescoço e o imobilizei, pude ver que alguns outros novatos também tinha imobilizado alguns dos homens.
-Quem são vocês? – Perguntei entre dente. Não ouve resposta. –Quem são vocês? – Perguntei mais alto. O homem se virou me jogando longe, pude ver que a Lilian estava tendo problemas com o homem que a estava atacando e fui até eles. Dei um soco certeiro nele e o ouvi grunhir.
-Chega. – Ouvi uma voz forte falar. Que eu não gastei nem dois segundos pra reconhecer Hans Croft, o comandante dos guardiões na corte. Se ele estava aqui então, isso era um teste, mais um maldito teste. Os homens de preto tiraram as mascaras e reconheci vários guardiões com quem eu já havia falado na corte.
-O teste de hoje foi muito bem sucedido, que conversar em particular com alguns de vocês depois. – Hans falou e saiu, eu não era o único com cara de bobo.
-Isso foi um teste? – Lilian perguntou muito revoltada.
-Parece que foi. – Falei encolhendo os ombros.
-Que merda. – Peter resmungou.
-Disse alguma coisa guardião Slow? – Perguntou um guardião próximo a nós.
-Não. – Ele respondeu ainda emburrado. Voltamos pro furgão e logo depois pra corte. Enquanto voltávamos meus pensamentos voltaram para a Vik e onde ela estaria agora. Em como era na nossa escola, nós nunca havíamos passado por toda essa loucura.
-Ei Nikolai. – Levantei a cabeça olhando pra Lilian que havia me chamado. Nós já estávamos parados no portão da corte, esperando para entrar.
-Sim?
-Vamos ter uma comemoração, sabe? Por termos nos saído bem no teste. Ta afim? – Eu a olhei por um segundo enquanto ela me encarava com um sorriso pequeno no rosto.
-Deixa pra próxima, estou um pouco cansado.
-Que pena... Na próxima então. – Ela falou piscando, enquanto sai com os demais.
Subi para o quarto e deitei exausto na cama, em breve nosso “dia” começaria e eu não havia nem fechado os olhos. Enquanto o sono não vinha peguei uma foto da Vik, uma das ultimas que eu tirei dela e fiquei olhando e pensando nela.

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