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terça-feira, 3 de maio de 2011

Capitulo 11


Sem Opções

Eu estava feito uma estátua, com os pés presos ao chão, quando Victor se moveu na cama e abriu os olhos:
-           Você demorou, Rose.
Eu não respondi.
-           Soube que se formou e que conseguiu, é a guardiã de Vasilisa. Fico feliz que ela tenha você. Alguém tão precioso como ela, precisa mesmo de muitos cuidados.
Quando percebeu que eu não conseguia responder, Stan tomou a frente.
-           Rose quer saber onde pode encontrar seu irmão, príncipe Victor.
Victor soltou uma risada e em seguida engasgou com a própria saliva – teria sido deprimente, se não fosse tão engraçado.
Victor não olhou nos olhos de Stan, ele continuou me encarando com seus olhos pálidos.
-           Eu sempre soube que acabaria vindo, querida Rose. Sempre soube que não desistiria do guardião Belikov. Embora eu ache que ele ficou muito mais interessante agora. 
Uma fúria incontrolável nasceu em mim.
-           Não toque no nome dele!
-           Bom, eu não preciso tocar, ou posso tocar se quiser, não importa. Nada importa neste lugar, Rose querida. Acha mesmo que eu me importaria de morrer? Olhe ao seu redor criança, tudo isto aqui cheira a morte! Morte crua e ingrata, morte real.
Eu engoli em seco.
-           Se acha que pode me assustar você está enganado Victor, muito enganado.
Victor soltou um sorriso triste.
-           Porque eu iria querer assustá-la, menina? O que você pode fazer contra mim? Não seja tão presunçosa.
Quando Stan colocou a mão sobre meu ombro, eu percebi que aquele era o caminho errado – brigar com Victor não era melhor opção, uma vez que só ele tinha as respostas para mim.
            Por outro lado, eu era péssima com essa coisa toda de pedir perdão e ser educada.
Engoli em seco e limpei a garganta. Respirei fundo e tentei soar verdadeira, tanto quanto eu me sentia.
-           Preciso que me diga Victor. Por favor.
Victor fez um esforço imenso e sentou-se na cama, passando as mãos pela careca lustrosa.
-           Muito melhor assim, senhorita Hathaway – ele fez uma pausa e olhou para Stan, Scarface e para mim novamente – vejo que está sempre rodeada de homens valentes. Uma típica mocinha que precisa ser protegida. Isso é tão “século passado”! Porque não ficamos sozinhos, Rose. Tenho certeza de que vamos nos entender muito melhor.
            Um arrepio sinistro atravessou minha espinha dorsal – a última coisa que eu queria era ficar sozinha com ele. Dei um passo para trás instintivamente, esbarrando em Stan. Ele me segurou pelos ombros.
-           Não vamos a lugar algum, príncipe Victor – Stan esbravejou.
            Victor deitou-se novamente, cobrindo as pernas com o lençol.
-           Então acho que a visita acabou. Sinto-me cansado e acho que deveria dormir um pouco.
Eu arregalei os olhos – ele não falaria nada mesmo. Victor era genioso e malvado o suficiente para apenas dormir e me deixar ali, com cara de idiota e sem respostas.
-           Me deixem com ele – eu resmunguei.
-           De jeito nenhum, Hathaway – Stan praguejou.
-           Pelo amor de Deus guardião, o que acha que eu posso fazer com a garota? – Victor respondeu sentando-se na cama novamente – minha mágica está fraca e débil, não posso machucar ninguém.
-           Ele tem razão, Stan – eu implorei – eu preciso tentar.
            Stan suspirou fundo.
-           Se precisar, Rose – ele olhava diretamente em meus olhos – não pense, apenas grite e eu entro.
-           Okay! Pode deixar.
            Stan saiu e Scarface saiu atrás, fechando a porta.
-           Então, como vai ser? Vai me dizer logo o que você quer e parar com esse papinho de “querida Rose”?
-           É uma garota esperta, Rose, sempre foi! Aliás, eu acho que está fazendo as coisas pelo lado errado. Você deveria ter deixado Belikov transformá-la. Seria um par interessantíssimo!
Algo em minha mente queria saber como Victor sabia tanto a respeito de mim? Mas eu a sufoquei porque esse não era o momento. Tudo que eu precisava era saber onde encontrar o tal irmão.
-           O que quer Victor. Vamos?
-           Quero sair daqui, é obvio.
-           Eu não vou soltá-lo, Victor.
            Ele me encarou.
-           Nem mesmo para salvar Belikov?
            Golpe baixo! Golpe baixíssimo!”  Me fazer escolher entre Lissa e Dimitri, era o pior golpe que alguém poderia me dar. Eu respirei fundo.
-           Ou eu posso chamar Stan e o grandão ali e pedir que sejam mais persuasivos com você – eu ameacei.
-           Ou você pode pegar o telefone e falar com seu namoradinho moroi, e pedir que me transfiram para uma clínica de repouso.
            Clínica? Será que eu tinha ouvido bem? Ele queria ir á uma clínica?
            Algo em meu olhar o fez rir.
-           Achou mesmo que eu queria fugir, Rose? Ah que doce!
-           Não quer? – eu perguntei admirada.
-           Olhe para mim, Rose, eu estou morrendo. Preciso de cuidados médicos, não posso simplesmente sair por aí fugindo como um adolescente – ele olhou diretamente para mim nesta parte, será que ninguém esqueceria minha fuga? – só quero morrer em um lugar mais digno.
-           Você sabe mesmo onde ele está? Sabe como faço para encontrá-lo?
-           É claro que sei onde Ivan está. Ele é meu irmão.
Eu pensei em lembrá-lo que ele havia condenado a própria filha a tornar-se um strigoi, mas achei que não ajudaria muito em nossa negociação.
            Pensei por um tempo – salvar Dimitri, salvar Dimitri! Era tudo que eu conseguia pensar.
            Eu saí pelo corredor, gesticulando para Stan que me esperasse. Tirei o celular do bolso e comecei a digitar os números, quando dei de frente com o outro guardião, Ruther.
-           Oh, desculpe! Eu ando meio distraída ultimamente.
Ruther me encarou com seus olhos azuis e deslizou uma mão com cuidado pelas ondas negras dos cabelos.
-           Sem problemas, Rose – ele sorriu – eu é que estava no seu caminho.
            Ele era mesmo muito simpático!
            Terminei de digitar os números e depois de alguns toques, Adrian respondeu.
-           Little Dhampir, que surpresa!
Eu não sabia como começar, então suspirei fundo. Adrian sorriu.
-           Deixe-me adivinhar: Victor quer sair daí, não é?
-           Como sabe?
-           Ah Rose, por favor, não aja como se eu fosse um idiota! O que mais ele poderia querer em troca?
-           Eu não sei o que fazer – eu choraminguei.
Adrian sorriu novamente.
-           Ainda bem que você tem a mim, Little Dhampir. Eu andei pensando no assunto.
-           Sério?
-           Sim. E acho que tenho a solução.
            Eu fiquei em silêncio, esperando que Adrian tirasse o coelho da cartola.
-           Temos uma clínica, ao sul, onde a realeza descansa. A segurança é boa, o lugar é agradável, e tenho certeza de que titia vai concordar em ser bondosa com um moribundo.
-           Eu não gosto da idéia de ceder a chantagens.
-           Bem, então você pode voltar e aceitar jantar comigo esta noite, porque Victor não vai lhe dar o que você quer.
            Eu suspirei.
-           Eu sei.
-           Não se preocupe Rose. A clínica em questão e suficientemente segura. Digamos que é um tipo de prisão disfarçada, para pessoas mentalmente debilitadas.
-           Um hospício?
Adrian sorriu.
-           Prefiro o termo “mentalmente debilitadas”.
De repente não me pareceu uma idéia tão ruim. Victor bem que merecia mesmo parar em um hospício!
-           Acha que consegue convencer a rainha?
Adrian soltou mais uma risada.
-           Rose, Rose! Quando é que você vai entender que eu sou o homem certo para você? – ele fez uma pausa e suspirou – eu já fiz isso!
-           Mas como sabia... – Adrian me interrompeu.
-           Não me subestime, Little Dhampir, não me subestime! Esqueceu que eu posso entrar nos sonhos das pessoas? Achou mesmo que isso só servia para flertar com você?
            Naquele momento, eu queria beijá-lo!
-           Você é o melhor Adrian!
-           Eu sei.
-           E quando vai ser?
-           Se me disser que quer mesmo, amanhã á tarde! Ah e eu sei, você me ama!
            Eu sorri.
-            Obrigado Adrian, de verdade.
Voltei sorrindo. Stan não perguntou nada, mesmo porque, algo me dizia que assim como Adrian, ele já imaginava.
            Entrei na cela de Victor e ele levantou os olhos em minha direção.
-            Amanhã. Amanhã você será transferido.
-           Nunca subestime o poder de uma mulher bonita – Victor provocou.
-           Agora me diga o que eu quero saber.
-           Sibéria – ele resmungou - um vilarejo chamado Raskolnik, bem ao sul da capital. Vou te dar as coordenadas, porque não existe um endereço. Ivan está escondido.
-           Não acredito que manteve seu próprio irmão em cárcere privado!
Victor riu.
-           Não está tentando me criar uma crise de consciência, não é Rose?
-           Você não tem uma!
            Eu virei para a porta e ia saindo, quando a voz de Victor se fez ouvir novamente.
-           Espero que tenha mais sorte com Ivan do que eu. Ele não se mostrou muito solicito em me ajudar.
-           Nem imagino porque – eu grunhi.
-           E espero que tenha sorte com Belikov. Sabe Rose, vocês formam um belo casal!
            Eu bati a porta da cela com toda a minha força.

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