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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Capitulo 13

No frio da sibéria


            Lissa entrou ansiosa em meu quarto.
-           Rose, Rose! Vamos!
-           Calma Liss, o avião não vai decolar sem a gente!
-           Não acredito que não está ansiosa!
            Mal sabia ela!
-           Calma Liss, Okay? Eu vou escovar os dentes e vestir alguma coisa.
Escovei meus dentes e penteei meu cabelo. Vesti uma calça jeans e um suéter preto de gola alta, com um casaco longo de cashemire e botas.
            Um empregado de Adrian levou nossas malas para o avião.
            Quando chegamos á pista, Adrian, e Christian conversavam com Stan e Scarface. Eu me aproximei e saudei á todos com a cabeça, Lissa, ficou ao meu lado.
            Subi no avião primeiro. Lissa subiu em seguida. Quando colocou o último pé no degrau, o salto da bota escorregou e Scar a segurou pela cintura.
-           Tenha cuidado princesa, poderia ter se machucado – ele disse com a voz suave.
      Lissa sorriu ternamente para ele.
-           Qual é o seu nome guardião?
-           John – Scarface respondeu.
John? Então ele tinha mesmo um nome normal. Nada do tipo “psicopata”! Só mesmo Lissa para se preocupar em chamá-lo pelo nome. Claro que ela era muito mais sensível do que qualquer um de nós, então, ninguém se surpreendeu. Scar – ou John, se você preferir – pareceu gostar também. Ele sorriu para Lissa tão docemente, que seu rosto nem parecia mais tão assustador.
            Durante a viagem, eu tentei descasar o máximo que pude, uma vez que os sonhos haviam me esgotado – não que eu estivesse reclamando!
             Desembarcamos durante o dia seguinte, em Novosibirsk. O frio era intenso e havia neve por todos os lados. Em razão disso, nem foi necessário proteger os moroi do dia, uma vez que quase não havia luz.
            Entramos em um carro com choffer, que nos conduziu á um hotel suntuoso no centro da cidade. Adrian já havia feito as reservas e, por incrível que pareça, ele realmente havia separado um quarto ao lado do meu.
            Lissa e eu ficamos no mesmo quarto, embora cada uma tivesse o seu – coisas de Adrian.
            Depois de desfazer as malas, eu resolvi que queria um banho, enquanto Lissa resolveu que queria Christian.
            Tirei a roupa agradecendo o sistema de aquecimento e deixei o anel que Lissa havia me dado junto com meu relógio, na pia.
            Enchi a banheira e me afundei nela, até que meus dedos enrugaram.
            O sono não demorou em chegar naquela noite, e provavelmente por causa do cansaço, eu não sonhei também.
            Fui despertada por uma batida na porta. Stan, claro! Quem mais me acordaria tão cedo?
-            Precisamos preparar a ação, Hathaway.
-           Tão cedo?
-           Achei que está não fosse uma viagem de férias – Stan disse, enquanto sentava em uma poltrona perto da escrivaninha.
-           Okay, okay! Você venceu!
            Eu me levantei e sentei ao lado dele.
Decidimos que não perderíamos tempo, uma vez que as chances de que Victor pudesse tirar Ivan do local eram grandes.
            Me despedi de Lissa e peguei um copo grande de café e duas rosquinhas antes de entrar no carro. Stan e Scar foram no banco da frente – porque isto não me surpreendia?
            As estradas estavam escuras e escorregadias, por causa da neve. Mal se podia enxergar dois metros á frente.
            Em um ponto da estrada, bem próximo do nosso destino, Stan parou bruscamente o carro.
-           O que foi? – eu perguntei ajeitando a tampa do meu copo de café.
-            Estamos sendo seguidos.
Meu alerta de strigoi ligou, procurando alguma pista. Nada! Menos mal!
-           Stan e Scar desceram e eu os segui. Scar parou na frente do lexus e jogou as mãos sobre o capô. A porta do motorista abriu. Eu não me surpreendi quando Adrian desceu.    
            Scar o agarrou pela gola do casaco e o puxou para o lado.
-           Ficou louco garoto? Seguindo guardiões assim? Poderia ter acabado morto! - ele esbravejou.
             Stan caminhou calmamente até os dois e soltou a mão de Scar do casaco de Adrian.
-           Além disso - ele falou com a voz suave, embora ameaçadora - você sabe muito bem que a Sibéria está cheia de strigoi, Adrian.
            Adrian ajeitou o casaco e deslizou a mão pelo cabelo, no mesmo instante Lissa saiu em sua defesa, me congelando até os ossos.
-           Nós não poderíamos ficar no hotel esperando! E se acontecesse algo com vocês?
            Eu tive que me manifestar:
-           E se acontecer algo com vocês? - eu perguntei a ela, indicando Adrian e Christian com a cabeça.
-           Somos bem grandinhos Rose, e podemos ajudar!
-           Vasilisa Dragomir, pelo amor de Deus! Será que algum dia você vai aprender a me ouvir?
            Ela me abraçou.
-           Eu estava preocupada com você Rose. Me desculpe!
-           Desculpas não vão ajudar em nada! - a voz de Scar se fez ouvir.
            Ele entrou no carro com Adrian e Christian e Lissa foi comigo e Stan.
-           Lissa, você não deveria ter vindo - eu continuei quando já estávamos no carro.
-           Rose tem razão, Lissa – Stan me ajudou – não conhecemos bem o local e esta região é muito perigosa.
            Lissa suspirou. O que indicava que ela não ia discutir. Mesmo porque, seria uma discussão inútil, uma vez que ela estava ali mesmo e não dava para voltar atrás. O jeito era rezar para que tudo desse certo.
            Estacionamos bem longe da estrada principal, em frente a um casebre abandonado. Stan conferiu as coordenadas, usando uma bússola.
-           É aqui!
            Eu senti um friozinho na espinha.
-           Vamos - eu puxei Lissa para fora do carro.
            O ar estava congelando meu nariz e quase não dava para ver nada. O vento espalhava flocos de neve para todo lado – quem disse que neve era divertida nunca esteve no inverno da Sibéria!
            Assim que começamos a caminhar, meu estômago revirou - alerta número 1.
            Deixei todos os meus sentidos em estado de emergência, enquanto Stan abria porta do casebre. Lá dentro,  tudo estava absolutamente escuro. Muita poeira e algumas teias de aranhas - alerta número 2.
            Instintivamente, coloquei Lissa atrás de mim. No mesmo instante, Mason começou a se materializar em minha frente. Eu arregalei os olhos - Mason não costumava aparecer assim, o significava problemas à vista - alerta número 3.
            O que foi Mase? - eu pensei, confiando desesperadamente que ele pudesse ouvir.
            Mason não teve tempo de responder. A porta se fechou, deixando-nos presos dentro do cômodo. Outra porta se abriu, revelando três formas escuras. Um vulto escuro, flanqueado por dois outros. Meu coração gelou - três strigoi. Stan virou-se para mim no mesmo instante.
            Estávamos cercados de todos os lados. E não havia nada que pudéssemos fazer. Os dois strigoi menores bloquearam a saída, enquanto o maior caminhou até mais perto.
            Stan deu um passo atrás do outro, até parar ao lado de Lissa. Quando ele enfiou a mão no bolso para pegar a estaca, o strigoi sorriu.
-           Quer mesmo fazer isso, guardião? – ele rosnou – pensei que quisesse manter vivas as duas mocinhas.
            Stan congelou.
-           O que você quer?
            Ele não respondeu. Aproximou-se mais e Mason tocou meu ombro, como se quisesse me proteger. Eu apertei o braço de Lissa.
            O strigoi parecia jovem. Algo, em torno dos trinta anos. Sua pele era pálida em comparação aos cabelos castanhos despenteados. Ele olhou bem em meus olhos.
-           E você deve ser Rose.
            Eu engoli em seco.
-           Onde está Ivan? Você o matou? – eu estava apavorada. Se ficasse quieta, ele perceberia.
            O strigoi sorriu maliciosamente, deslizando a ponta do dedo em meus cabelos.
-           Não Rose, eu não matei. Ivan está em um lugar seguro, ele será útil ainda, assim como você.
            O strigoi deslizou a mão fria por toda a pele do meu rosto. Seu toque era suave e quase gentil, o que me assustava ainda mais. Eu estava absolutamente estática, sem conseguir nem mesmo pensar direito. Tudo que eu pensava era em Lissa. Lissa! Lissa! Lissa!Ela estava lá, com três strigois. O último Dragomir! Comecei a me lembrar dos nomes escritos naquela parede, quando Mason morreu. A lembrança gelou minha espinha.
            O outro strigoi, um pouco mais baixo aproximou-se. Stan continuava imóvel, com o olhar parado no rosto do líder, a mão ainda estava no bolso, segurando a estaca.
-           Ian, precisamos nos apressar, alguém poderá vir ajudá-los. Não podemos correr mais riscos – o strigoi mais baixo, do cabelo claro falou.
            Ian continuou olhando em meus olhos e tocando meu rosto. Sua expressão era ilegível.
-           Vamos dar um passeio, Rose? – ele me perguntou sedutoramente.
-           Eu tenho opção? – eu reclamei.
            Ian deixou a mão cair ao lado do corpo e virou-se para a porta,
-           Ela não é adorável? Vejo porque ele a quer tanto!
                Algo em minha mente me dizia que o “ele” em questão não seria agradável.
-           Sempre temos opções, Rose – Ian continuou – o problema é quanto elas podem nos custar. Como estou me sentindo gentil hoje, vou te dar direito a uma escolha.
            Ele fez um sinal com a mão e outros três strigois entraram, trazendo Adrian, Christian e Scar amarrados.
-           Você pode escolher qual dos três vai servir de lanche para mim – ele sorriu, olhando cada um dos três – então, eu a deixo ir.
            Ian caminhou até mim novamente.
-           O que vai ser Rose? Será que seu senso de justiça é tão grande assim? Vai se entregar a mim para deixá-los vivos?
-           O que quer com ela?
            As palavras de Stan soaram mais como um grunhido do que como palavras. Seus dentes estavam tão cerrados que eu tive medo de que ele fraturasse o maxilar.
-           Não se preocupe guardião – Ian respondeu – não pretendo fazer mal a garota.
            Ele soltou uma gargalhada.
-           Prometo uma morde rápida e honrada, depois é claro, de ela me dar o que eu quero.
            Eu engoli em seco. Uma parte de mim queria perguntar o que ele queria. Outra parte de mim tinha tanto medo da verdade, que preferia a mentira.
            Dimitri! O nome veio em minha mente meio sem querer. Pensei em como Dimitri era forte e poderoso, e em como ele costumava me proteger. Meu Dimitri! Meu Dimitri!
Deixei os pensamentos de lado e respirei fundo.
-           Eu vou – as palavras saíram tão baixas que mais parecia um sussurro – se você permitir que todos partam em segurança.
            Ian sorriu.
-           Perfeito Rose! Era justamente o que eu esperava de você!
            Ele passou o braço em volta de mim e me conduziu para fora do casebre, enquanto Lissa gritava e chorava. Eu podia sentir o desespero dela através da nossa ligação, o que só me deixava pior.
Meus amigos foram conduzidos até os carros em meio a protestos e tentativas de fuga. Scar estava desacordado. Ele havia ganhado um soco tão forte que Stan o estava carregando. Christian ajudava Lissa, enquanto Adrian olhava para mim. Através da janela do esportivo preto, eu podia ver os olhos de Adrian me encarando como se fosse a última vez. Talvez fosse mesmo. Talvez tudo acabasse assim – presa por um strigoi! Se eu pudesse ter escolhido, queria que fosse Dimitri. Dimitri! Mais uma vez ele estava em meus pensamentos.

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